Em 14 de março, a Venezuela prorrogou por mais 60 dias o estado de Emergência Econômica, decretado em janeiro pelo presidente Nicolás Maduro
Da redação, com Zenit
As autoridades políticas da Venezuela proibiram que a Caritas, organização de caridade da Igreja Católica, possa distribuir alimentos ao povo venezuelano. A denúncia é do padre Santiago Martin, da Cáritas, na análise editorial da Magnificat.tv.
“Há mulheres grávidas que ficam meses em fila esperando fraldas; as brigas por um pedaço de frango são diárias; há pessoas totalmente sem luz; pessoas morrem nos hospitais por uma simples infecção”, declarou o sacerdote no vídeo.
Nesse contexto, padre afirmou que a Caritas se ofereceu reunir alimentos e distribuir gratuitamente, porém, se pergunta: “Pode existir alguém tão insensível que prefira ver o seu povo morrer?” e responde: “Sim, o governo da Venezuela”.
“É ódio à Igreja – afirma padre Santiago – um ódio tão forte que leva à loucura, que morram de fome antes que a Igreja os alimente, que morram de doença antes que a Igreja os cure”.
“Hoje quero pedir orações pela Venezuela”, finaliza o sacerdote. “Aqui estamos diante de um país inteiro que prefere que todos morram de fome antes que a Igreja dê um pedaço de pão”.
Em 14 de março, a Venezuela prorrogou por mais 60 dias o estado de Emergência Econômica, decretado em janeiro pelo presidente Nicolás Maduro para enfrentar a crise alimentar e econômica. A crise na Venezuela agravou-se com a queda dos preços do petróleo, a principal fonte de entrada de receitas no país.