O furacão Tomas castigou nesta sexta-feira, 5, os acampamentos de sobreviventes do terremoto de janeiro no Haiti e inundou localidades litorâneas do país, além de causar risco de deslizamentos.
Uma pessoa morreu durante a noite ao tentar cruzar um rio na região de Grande-Anse, a sudoeste de Porto Príncipe. Enchentes localizadas foram relatadas nas cidades litorâneas de Les Cayes, Jacmel e Leogane.
Em Porto Príncipe, centenas de milhares de sobreviventes do terremoto se encolhem sob barracas e lonas em acampamentos enlameados, nos quais moram desde o terremoto de 12 de janeiro, que matou até 300 mil pessoas.
A ONU e agências humanitárias entraram em alerta máximo para uma eventual nova catástrofe humanitária no país, o mais pobre das Américas, que atualmente enfrenta também uma epidemia de cólera.
Em princípio, porém, não há relatos de vítimas ou danos em quantidades expressivas. O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU disse que o furacão poderia ter sido muito pior.
"Tivemos uma incrível sorte desta vez. A inundação ainda é séria, particularmente em Leogane, por causa da situação do cólera… (mas) pelo menos uma vez o Haiti teve sorte", disse Imogen Wall, porta-voz da agência da ONU.
Muita gente manteve a rotina normal na sexta-feira em Porto Príncipe, mas a chuva, que era leve, se intensificou à tarde. Num acampamento perto do aeroporto, mulheres eram vistas sentadas no chão, vendendo bananas, carvão e outros produtos em frente às suas barracas.
"A chuva forte não veio, mas ainda assim não estou feliz, porque minha casa tem muitos buracos e entra muita água", disse Solange Louis-Charles, 40 anos, que lavava pratos em frente à sua casa, construída com chapas de zinco e lonas.
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