Redução, porém, será feita de forma gradual até 2035, segundo o presidente francês
Da redação, com Reuters
A França reduzirá sua dependência da energia nuclear para 50% até 2035 e pretende fechar dois de seus reatores até o fim do atual mandato presidencial em 2022, disse o presidente Emmanuel Macron.
Macron informou que a França não eliminará totalmente a energia nuclear, como a vizinha e parceira econômica Alemanha planeja fazer. Segundo o presidente francês, 14 dos 58 reatores nucleares da concessionária estatal EDF seriam fechados até 2035 ― dos quais quatro a seis antes de 2030, dois em 2027-28 e possivelmente dois em 2025-26, se isso não comprometer a segurança do fornecimento de energia.
O governo anterior, do socialista Francois Hollande, havia aprovado uma lei em que fora determinado a redução em 50% do uso da energia nuclear até 2025. Macron havia se comprometido a cumprir este acordo em sua plataforma eleitoral, mas alguns meses após ser eleito desistiu, para a frustração dos ambientalistas.
Macron disse ainda que o cumprimento da agenda dependeria da evolução no uso de fontes de energia mistas na França, incluindo o aumento do uso de fontes de energia renovável e a expansão da capacidade de interconexão com países vizinhos.
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Por fim, Macron disse que a energia nuclear permaneceria como a chave central para o suprimento energético do país, mas que a decisão de se construir ou não novos reatores não seria tomada antes da metade de 2021.