Conflito

Forças sírias matam 10 pessoas em Hama, dizem ativistas

Forças sírias e atiradores leais ao presidente Bashar al-Assad mataram a tiros 10 pessoas nesta terça-feira na cidade de Hama, segundo ativistas, e a França pediu que a ONU se posicione contra a "feroz repressão armada" na Síria.

Tanques ainda estavam cercando Hama, dias após a cidade testemunhar alguns dos maiores protestos contra o governo de Assad desde o início da revolta que já dura 14 semanas.

Alguns moradores de Hama, cena de uma sangrenta repressão comandada pelo pai de Assad há quase 30 anos, tentaram impedir o avanço militar, bloqueando ruas entre os bairros com contêineres de lixo, pneus incendiados, madeira e metais.

O ataque de terça-feira das forças de segurança e atiradores leais a Assad ocorreu após a morte de ao menos três pessoas quando tropas e forças de segurança entraram em Hama na manhã de segunda-feira.

"Novamente, o regime sírio escolheu a repressão e o uso de força armada contra sua população, que quer apenas o direito de exercer seus direitos fundamentais", afirmou o Ministério de Relações Exteriores francês em comunicado.

O porta-voz do ministério, Romain Nadal, disse que o mundo não poderia permanecer "inativo e impotente" frente à violência.

"Esperamos que o Conselho de Segurança (da ONU) adote uma postura firme e clara e pedimos a todos os membros do Conselho de Segurança para que assumam responsabilidade diante dessa situação dramática com a população síria, sujeita dia após dia à inaceitável, feroz e implacável repressão armada."

A França, diferentemente de seus parceiros europeus e os Estados Unidos, dizem que Assad perdeu a legitimidade para governar. Mas uma campanha francesa pela condenação da ONU à repressão foi recebida com resistência pela Rússia e a China no Conselho de Segurança.

 

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