Forças Armadas do Chile reconhecem erro em alerta de tsunami

As Forças Armadas do Chile reconheceram nesta quarta-feira, 3, que não advertiram que um tsunami se aproximava da costa chilena depois de um dos terremotos mais fortes da história atingir o país.

Quatro dias após o tremor de magnitude 8,8 e vários tsunamis registrados na madrugada de sábado, a responsabilidade sim, agora está voltada para as Forças Armadas, ao constatar-se que boa parte dos quase 800 mortos foram vítimas das ondas gigantes.

Segundo um documento obtido pelo jornal El Mercurio, os militares não dispararam o alarme de alerta contra tsunamis, porque consideraram que não havia riscos de ocorrerem por acreditarem ter sido em terra o epicentro do terremoto de que devastou a costa do centro e sul do Chile.

Ao perceber-se que se tratava de um maremoto, o alerta foi declarado, mas acabou sendo suspenso quando as ondas gigantes já se dirigiam para a costa.

"Fomos pouco claros na informação que divulgamos, não fomos suficientemente precisos para dizer à Presidência se deveria manter ou cancelar (o alerta de tsunamis). Houve um vacilo da nossa parte", disse ao canal TVN o comandante-em-chefe das Forças Armadas, almirante Edmundo González.

Depois do sismo, ondas de até 15 metros arrasaram cidades costeiras, ilhas e portos. Em algumas zonas, a água avançou mais de 2 quilômetros terra adentro, causando a morte de centenas de pessoas.

O governo da presidente Michelle Bachelet, que deixará o cargo em 11 de março, disse que ficará para depois a chamada "caça às bruxas", pois agora vai se concentrar nos trabalhos de busca de sobreviventes.

Equipes de resgate trabalham com a ajuda de cachorros nas cidades e povoados mais afetados pelo tremor com a esperença de encontrar sobreviventes. Outras equipes buscam corpos que estariam enterrados sob montanhas de escombros.

Até o momento foram confirmadas 799 mortes, seja pela ação direta do terremoto ou pelos tsunamis ocorridos em sequência na costa chilena.

O número de vítimas fatais possivelmente aumentará, uma vez que o número de desaparecidos chega a 500 apenas em Constitución, a cidade até agora mais afetada por três ondas gigantes, de até 10 metros.

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