Entoando salmos, os cristãos de Jericó compareceram ontem, 30, em massa às margens do Rio Jordão, local do batismo de Cristo e onde Israel permite a entrada apenas um dia por ano. O ponto exato onde se acredita que Jesus tenha sido batizado é desde a guerra de 1967 uma área militar fechada, circundada de campos minados que as autoridades abrem exclusivamente para os católicos na última quinta-feira de outubro.
A procissão partiu de um convento grego abandonado e se dirigiu, em clima de festa, até as imediações do rio, sempre sob a vigilância do exército israelense.
Como todos os anos, o padre franciscano Ovidio Dueñas recolheu as garrafas que, enchidas com a água do rio, serão distribuídas entre os fiéis que visitam o convento de São Salvador, na cidade velha de Jerusalém.
Neste dia, como explica frei Artemio Vítores, vice-custódio da Terra Santa, "recordamos o nosso batismo, o momento em que Jesus se batizou, e em que começamos a nossa vida cristã".
As centenas de fiéis participaram de uma missa presidida pelo cardeal Zen, bispo de Hong Kong, aberta com uma petição pela paz na região.
Após a eucaristia, os peregrinos subiram o Monte das Tentações, em Jericó, onde, segundo a tradição, Cristo passou 40 dias e foi tentado três vezes. Neste lugar, foi celebrada uma nova missa e teve fim a peregrinação, que, a princípio, não poderá se repetir até o próximo mês de outubro.
Conteúdo acessível também pelo iPhone – iphone.cancaonova.com