Solidariedade

Fazer o bem a quem sofre, pede Vaticano para Dia do Enfermo

“O importante é caminhar ao lado do homem que sofre. Talvez, mais do que da cura, ele precise da nossa presença”, declarou o presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral Saúde

Da Redação, com Rádio Vaticano

papa_doentesO Vaticano apresentou nesta quinta-feira, 28, a XXIV Jornada Mundial do Enfermo que será celebrada de forma solene em Nazaré, na Terra Santa, no dia 11 de fevereiro.

“Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: Fazei o que Ele vos disser” é o tema da Mensagem do Papa para a ocasião. O Dia Mundial do Enfermo é celebrado de forma solene  a cada três anos.

O evento foi apresentado na Sala de Imprensa da Santa Sé pelo presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde, Dom Zygmunt Zimowski, com a participação de Monsenhor Jean-Marie Musivi Mupendawatu e Padre Augusto Chendi, membros do dicastério vaticano, e do secretário geral da Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa, Padre Pietro Felet.

Na mensagem, divulgada em setembro do ano passado, o Papa explica que este Dia Mundial do Enfermo se inscreve muito bem no Jubileu extraordinário da Misericórdia. Daí, ter sido escolhida Nazaré, na Galileia, onde Jesus fez o primeiro milagre por intercessão da Mãe e também realizou muitas curas, sinal da proximidade aos doentes e aos que sofrem.

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“A grave enfermidade coloca sempre a existência humana em crise e traz consigo interrogações que escavam sempre em profundidade”, diz o Papa na mensagem, que destaca porém, que se a fé em Deus é colocada à prova, ao mesmo tempo revela toda a sua potência positiva. Diante disso, o Arcebispo Zimowski explicou na coletiva, que o Dia Mundial do Enfermo encontra a sua razão de ser.

“Fazer o bem a quem sofre e fazer do próprio sofrimento um bem, ou seja, sensibilizar os doentes, para oferecer seus sofrimentos em favor dos outros, em favor da Igreja.”

O arcebispo destacou que por vezes, o fato de não poder curar, de não poder ajudar como Jesus, nos intimida, e orientou que cada pessoa busque superar isso. “O importante é caminhar ao lado do homem que sofre. Talvez, mais do que da cura, ele precise da nossa presença, do homem, do coração humano repleto de misericórdia e da solidariedade humana.”

Vocação

Para o arcebispo é importante apoiar a “bonita tradição”, de que a obra do médico e do enfermeiro é vista não somente como uma profissão, mas também como um serviço, uma vocação. “O cuidado para com os menores e os anciãos, o cuidado para com os doentes mentais constituem, mais do que em qualquer outro âmbito da vida social, a medida da cultura da sociedade e do Estado.”

Indulgência

Por sua vez, Padre Chendi recordou a graça concedida pelo Papa Francisco da indulgência plenária e parcial para quem, segundo diferentes modalidades, de 7 a 13 de fevereiro, participar das intenções do dia Mundial do Enfermo.

Evento

Muitos eventos estão programados para esses dias na Terra Santa, não somente em Nazaré, mas também em Belém e Ramallah, para ir ao encontro das exigências dos peregrinos e dos fiéis residentes, alguns dos quais impedidos de ir e vir por parte autoridades, explicou o padre.

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