"Os estreitos laços que unem o povo fiel salvadorenho com a Cátedra do Príncipe dos Apóstolos manifestam uma tradição nobilíssima e é impossível separá-los da história e dos costumes desta terra bendita", disse o Papa ao novo embaixador de El Salvador junto à Santa Sé, Manuel Roberto López Becerra, na manhã desta segunda-feira, 18.
"A Igreja em El Salvador, a partir de sua competência específica, com independência e liberdade, trata de servir à promoção do bem comum em todas as suas dimensões e ao fomento daquelas condições que permitam aos homens e mulheres o desenvolvimento integral de suas personalidades. […] Evangelizando e oferecendo testemunho de amor a Deus e a todo o homem sem exceção, converte-se em elemento eficaz para a erradicação da pobreza e em incentivo vigoroso para lutar contra a violência, a impunidade e o narcotráfico, que tantos estragos estão causando, sobretudo entre os jovens", afirmou.
Bento XVI disse que a comunidade eclesial também é interpelada por aqueles que não possuem uma vida digna ou emprego. Da mesma forma, indicou que os discípulos de Cristo não podem permanecer neutros frente à presença agressiva das seitas, "que aparecem como uma fácil e cômoda resposta religiosa, mas que, na verdade, sufocam a cultura e hábitos que, há séculos, configuraram a identidade salvadorenha, obscurecendo também a beleza da mensagem evangélica e quebrando a unidade dos fiéis em torno de seus Pastores".
O Pontífice assinalou a alegria por ver o esforço do país na edificação de uma sociedade mais harmônica e solidária.
"A esse respeito, peço ao Onipotente […] que a vossos compatriotas seja dada a ajuda necessária para renunciar definitivamente ao que provoca enfrentamentos, trocando as inimizades pela mútua compreensão e pela proteção da total segurança das pessoas e de seus pertences. Para isso, é preciso que se convençam de que a violência nada consegue e tudo piora, pois é uma via sem saída. […] A paz, ao contrário, é o desejo que tem todo o homem que se preze desse nome".
Embora dom divino, a paz também é tarefa com a qual todos devem cooperar sem vacilo. Nesse sentido, o Estado deve oferecer disposições jurídicas, econômicas e sociais pertinentes, bem como adequadas Forças e Corpos de Polícia e Segurança, que "velem no marco da legalidade pelo bem-estar da população", defendeu o Santo Padre.
"Nesse caminho de superação, encontrarão sempre a mão estendida dos filhos da Igreja, aos quais exorto vivamente para que, com seu testemunho de discípulos e missionários de Cristo, identifiquem-se cada dia mais com Ele e Lhe supliquem que faça de todo salvadorenho um artífice de reconciliação", finalizou.
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