Teve início hoje, 15, no Vaticano o XXII Congresso Internacional do Pontificio Conselho para os Operadores Sanitários, com o tema "A pastoral no cuidado dos enfermos anciãos". O Congresso, que durará 3 dias, discute sobre os cuidados aos enfermos idosos e reúne inúmeros especialistas de medicina no Vaticano.
Nestes dias eles refletem sobre o auxílio médico e espiritual aos anciãos que se encontram em fim de vida ou sujeitos a graves doenças.
O presidente do Pontifício Conselho para os Operadores Sanitários, Cardeal Jávier Barragan, recordou a importância do Viático*, que não se trata de uma cura paliativa. "O viático dá sobrevivência ao corpo na Ressurreição. Não se trata de algo espiritual como uma espécie de fantasma. É necessário levar a sério a fé cristã, católica. Pois Cristo diz: 'Quem come minha carne e bebe meu sangue vivera para sempre'".
Valorizar a pessoa enferma, e dar a ela condições de sobrevivência é dever cristão, por isso a Eutanásia, está fora de debate.
"Está totalmente fora de questão o assunto da eutanásia. A vida nos foi dada por Deus para que possamos administrá-la e não como propriedade. Não temos direito sobre aquilo que não possuimos", diz o cardeal.
Ao contrário da Eutanásia, o trabalho da Igreja é lutar por melhores condições de vida, e garantir-lhe maior duração.
Desde os tempos de Matuzálem a luta pela longevidade é acirrada. Hoje os resultados são positivos: o número de pessoas que ultrapassa os 65 anos cresceu 34% no último século.
O especialista inglês Peter Crome, recordou os personagens bíblicos, como Adão que viveu 930 anos, simbolizado o ideal da civilização na duração da vida. Embora sejam números um pouco exagerados, a sociedade atual também busca superar as estatísticas.
Entre os segredos está uma boa alimentação e exercício fisico. Sem esquecer é claro recorda Barragan: uma vida espiritual ativa.
O *Viático, último sacramento do cristão
A palavra viático vem do latim viaticum (de via, caminho), com o significado de provisão para o caminho. Este caminho é, para a Igreja, não só o caminho da terra, a vida corporal, mas também o caminho do céu, ou seja, a entrada, após a morte, na vida eterna.
"Ao passar desta vida o fiel, confortado pelo viático do Corpo e Sangue de Cristo, recebe o penhor da vida eterna, segundo a palavra do Senhor: 'Quem come a minha carne e bebe meu sangue possui a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia' (Jo 6, 54).
Se for possível, seja o viático recebido na própria missa, que em tais circunstâncias pode ser celebrada em casa, de modo que o enfermo possa comungar sob as duas espécies, e também, porque a comunhão recebida sob a forma de viático é considerada um sinal especialíssimo da participação no mistério, que é celebrado no sacrifício da missa, isto é, a morte do senhor e a sua passagem para o Pai". (Sacramentário)
"Assim, como os sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Eucaristia constituem uma unidade chamada 'os sacramentos da iniciação cristã', pode-se dizer que a Penitência, a Sagrada Unção e a Eucaristia, como viático, constituem, quando a vida cristã chega a seu término, 'os sacramento que preparam para a Pátria' ou os sacramentos que consumam a peregrinação". (Catecismo da Igreja Católica, nº 1524)