"Uma verdadeira perda". Assim o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcísio Bertone, considera a decisão do Tribunal Europeu de Direitos do Homem, publicada na terça-feira, 3, que exige a retirada dos crucifixos nas escolas da Itália. O cardeal lamentou que a Europa troque seus "símbolos mais queridos" pelas "abóboras" do Halloween.
A decisão do Tribunal Europeu define a presença do crucifixo nas escolas como uma violação da liberdade religiosa dos alunos e como contrária ao direito dos pais de educarem os filhos segundo as suas convicções.
Após ter manifestado o seu descontentamento pela iniciativa do governo italiano, que anunciou recurso contra a decisão, o Secretário de Estado do Vaticano sublinhou que o crucifixo é "símbolo do amor universal, não de exclusão, mas de acolhimento". "Pergunto-me se esta sentença é sinal de razoabilidade ou não", indagou.
E concluiu exortando que "devemos procurar conservar, com todas as nossas forças, os sinais da nossa fé, para quem crê e para quem não crê".
Na sua edição desta quinta-feira, 5, do "L'Osservatore Romano", além das declarações do Cardeal Bertone, apresenta um artigo sobre a decisão do Tribunal de Estrasburgo, considerando que a mesma não reconhece "a importância do papel das religiões na construção da identidade europeia e na afirmação da centralidade do homem na sociedade".
"A decisão dos juízes de Estrasburgo, por outro lado, parece inspirada numa ideia de laicidade do Estado que leva a marginalizar o contributo das religiões na vida pública", acrescenta o artigo do jornal do Vaticano.
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