Conferência de Copenhague

EUA rejeitam ampliar corte de emissões poluentes até 2020

Os Estados Unidos não pretendem aumentar suas metas de redução de emissões poluentes até 2020. Ao menos é isso que informou o enviado norte-americano para as mudanças climáticas, Todd Stern, nesta terça-feira, 15, durante a Conferência do Clima, que acontece em Copenhague (Dinamarca).

"Não espero qualquer mudança no nosso compromisso de redução das emissões de gases que intensificam o efeito estufa na reunião da ONU sobre o clima", disse Stern à imprensa.

De acordo com ele, o compromisso dos Estados Unidos depende de fatores internos do país. "Está estreitamente ligado à legislação [interna norte-americana sobre o clima que ainda tem de ser aprovada], que fornece alguns elementos que podem traduzir-se em um objetivo global de redução das emissões mais elevado".

Porém, Stern ressaltou: "Os EUA não vão assumir esse compromisso por enquanto", já que não desejariam prometer algo que ainda não têm.

A Administração do presidente Barack Obama se comprometeu a cortar as emissões de carbono norte-americanas em 17% até 2020, frente aos níveis de 2005, o que significa uma redução de 3% em relação a 1990, ano de referência adotado pela União Europeia.

Os EUA, que junto com a China são responsáveis por 40% das emissões globais de carbono, têm recebido críticas pela demora em aprovar seu pacote climático, previsto para 2010 e sem o qual será muito difícil obter um avanço real nas negociações para alcançar um novo acordo vinculativo sobre o clima que substitua o Protocolo de Quioto.

A Conferência

Delegações de 192 países se reúnem até 18 de dezembro em Copenhague, no maior e mais importante encontro mundial sobre o clima. O objetivo é alcançar um consenso sobre um texto para um acordo legalmente vinculativo, que inclua as metas necessárias para assegurar que o aquecimento global não seja superior a dois graus Celsius em relação à era pré-industrial.

Participarão do encontro mais de 100 chefes de Estado e de governo, além de 15 mil delegados e do próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

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