Promessa de campanha de Trump, Washington anunciou sua saída do acordo em 1º de junho deste ano; Síria e Nicarágua também não estão no acordo
Ansa
Os Estados Unidos notificaram a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira, 4, sobre a retirada de sua assinatura no Acordo sobre as Mudanças Climáticas, firmado em 2015, em Paris.
No documento, o Departamento de Estado informa que os EUA deixarão o pacto assim que for possível fazê-lo e que está pronto para negociar um novo acordo. Pelos documentos firmados ainda na administração de Barack Obama, os norte-americanos só poderão deixar, de fato, de cumprir os compromissos assumidos em novembro de 2019.
“Os EUA estão abertos para comprometer-se novamente com o Acordo de Paris se forem definidos termos mais favoráveis ao país, às suas empresas, aos trabalhadores e aos seus contribuintes”, diz o comunicado oficial.
Segundo o Departamento de Estado, o governo de Donald Trump quer continuar participando das negociações e das reuniões internacionais sobre as mudanças climáticas, incluindo aquelas que definirão a atuação do Acordo de Paris.
“Os Estados Unidos apoiam uma aproximação equilibrada nas políticas sobre o clima que reduzam as emissões de gases, promovendo o crescimento econômico e garantindo a segurança energética. Trabalharemos na redução da emissão dos gases poluentes através de inovações tecnológicas, trabalhando com outros países para ajudá-los a utilizar os combustíveis fósseis de maneira mais limpa e eficiente”, diz ainda a nota.
Promessa de campanha de Trump, Washington anunciou sua saída do acordo em 1º de junho deste ano e se uniu à Síria e à Nicarágua como os únicos países do mundo a não participarem do pacto.
No entanto, apesar da esperança do republicano, nenhuma das grandes potências mundiais mostrou interesse em renegociar qualquer cláusula do acordo e todos prometeram seguir adiante com os compromissos firmados mesmo sem os norte-americanos.