‘Sem água não há vida’, queixa-se uma palestina que relata as dificuldades diárias do povo que vive numa contínua falta d’água potável
Da redação, com Reuters
Em Khan Younis, no sul de Gaza, Makram Hamdouna, de 54 anos, passa os dias em uma busca incessante por água entre as ruínas.
“A situação é ruim; a situação é ruim. Às vezes não há água. Às vezes há água. A água é escassa. A situação da água é muito ruim”, disse Hamdouna, deslocada da cidade de Gaza.
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“Água é vida. Sem água, a vida é precária. Não há vida sem água”, acrescentou Younis, que vive num abrigo improvisado cercado por escombros.
A situação se tornou cada vez mais desesperadora para Hamdouna, que às vezes compartilha apenas dois baldes de água com dezenas de pessoas — água que nem sempre é limpa, disse.
Água negada, afirma Observatório dos Direitos Humanos
Na quinta-feira, 19, Observatório dos Direitos Humanos disse que Israel matou milhares de palestinos em Gaza ao lhes negar água limpa, o que, segundo ela, equivale legalmente a atos de genocídio e extermínio.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel acusou o grupo de direitos humanos de mentir, dizendo que Israel facilitou o fluxo contínuo de água e ajuda humanitária para Gaza desde o início da guerra, apesar dos constantes ataques do Hamas.
O resultado da guerra
Israel iniciou seu ataque aéreo e terrestre a Gaza após os combatentes liderados pelo Hamas atacarem comunidades israelenses em outubro de 2023, tirando a vcida de 1.200 pessoas e levando mais de 250 reféns de volta para Gaza, de acordo com contagens israelenses.
A campanha de Israel, por outro lado, matou mais de 45 mil palestinos, de acordo com o ministro da saúde de Gaza. A campanha deslocou a maior parte da população de 2,3 milhões e reduziu grande parte do território costeiro a ruínas.