O presidente da Conferência Episcopal da Guatemala, Dom Alvaro Leonel Ramazzini Imeri, bispo de San Marcos, pediu ao Congresso do país, que aprove o projeto de lei de adoções "a fim de proteger os direitos da criança e afrontar, com firmeza, os desmandos e as atitudes imorais daqueles que transformaram a adoção num negócio".
Antes de destacar que "toca agora ao Congresso da República cumprir com sua responsabilidade histórica" a respeito do tema, Dom Ramazzini Imeri denunciou que "a adoção de meninos e meninas foi convertida, na Guatemala, há alguns anos, numa atividade comercial lucrativa, desvirtuando o caráter de nobreza que a mesma tem, quando se trata de dar uma família e um lar estáveis, ao menino ou menina abandonados, indigentes, deficientes ou não-desejados".
"Comercializam bebês, que são tratados como mera mercadoria, vendidos e comprados por meio das redes de "tráfico de meninos e meninas", lamentou o bispo.
Essa situação é "o maior sintoma da profunda crise de valores humanos e morais, vivida pelo país centro-americano", criticou o presidente da Conferência Episcopal da Guatemala.