O secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé, Dom Dominique Mamberti, presidiu na noite desta quinta-feira, 17, uma Missa solene na Catedral de Havana, no âmbito da visita que realiza a Cuba até o próximo domingo.
Participaram da cerimônia o Arcebispo de Havana, Cardeal Jaime Ortega y Alamino, o Núncio Apostólico, Dom Giovanni Angelo Becciu, membros da Conferência Episcopal Cubana, o vice-ministro das Relações Exteriores, Abelardo Moreno, a responsável pelos Assuntos Religiosos do Partido Comunista, Caridad Diego, e membros doutras entidades católicas da ilha.
Um grupo das Damas de Branco – familiares de opositores presos durante a repressão da chamada Primavera Negra de 2003 – também marcou presença na catedral.
Em sua homilia, Dom Mamberti louvou os 75 anos de relações diplomáticas entre Santa Sé e Cuba, evento recordado com um concerto na Basílica Menor de São Francisco de Assis, em Havana, na última quarta-feira.
O acontecimento teve a presença do vice-presidente cubano, Esteban Lazo, e do Arcebispo Dominique François Joseph Mamberti, representando a Santa Sé, além de dirigentes do governo cubano e do Partido Comunista, membros da Conferência Episcopal, intelectuais e diplomatas credenciados em Havana.
No concerto, músicos e solistas da Orquestra Sinfônica Nacional e do coro Exaudi, a soprano Bárbara Yánez e o cantor e compositor Amaury Pérez executaram a “Missa Cubana à Virgem da Caridade” – padroeira da ilha – do maestro José María Vitier.
A visita do Arcebispo marroquino à ilha tem como finalidade oficial festejar os 75 anos de relações diplomáticas, e pastoralmente, abrir a X Semana Social da Igreja Católica Cubana.
A missão se realiza em um momento caracterizado pela fluidez no diálogo entre a Igreja e o Governo do General Raúl Castro sobre os presos políticos, dentre outros temas.
Como resultado destas conversações, iniciadas em maio passado, o regime cubano libertou em junho o dissidente preso e enfermo, Ariel Sigler, e aproximou outros 12 detentos às suas províncias de origem.
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