Napoles

Encontro inter-religioso pela paz termina em Nápoles com apelo

O Encontro Internacional pela Paz que decorre em Nápoles desde o passado Domingo conclui-se nesta terça-feira com um apelo inter-religioso, onde se afirma que a religião "não pode nunca justificar a guerra, o ódio ou a violência".

Reunidos em volta do tema "Por um mundo sem violência", os cerca de 200 participantes, crentes de Igrejas cristãs e outras religiões, reafirmarão o seu apoio à paz, à solidariedade e ao diálogo.

O encontro de Nápoles foi inaugurado por Bento XVI, o qual defendeu que “as religiões podem e devem oferecer preciosos recursos para construir uma humanidade pacífica, porque falam de paz ao coração do homem”.

O Papa marcou presença na cidade italiana a convite da Arquidiocese local, que se uniu à Comunidade de Santo Egídio para promover o Encontro Internacional de líderes religiosos pela paz. Para além de Bento XVI, marcaram presença na cidade italiana o Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I; o Arcebispo Primaz da Igreja Anglicana, Rowan Willians; o Rabino chefe de Israel, Yona Metzger; o reitor da Universidade de Al-Azhar (Egipto), Ahmad Al-Tayyeb, bem como vários representantes políticos.

A iniciativa de juntar líderes das várias religiões partiu da comunidade católica de Santo Egídio, que procura desenvolver os caminhos abertos pelo histórico encontro pela paz que João Paulo II convocou para Assis.

Este percurso de 21 anos já atravessou as principais cidades da Itália e capitais europeias. Segundo os promotores da iniciativa, "num tempo marcado pelo terrorismo e as guerras, bem como por esforços de diálogo e reconciliação, as religiões assumiram um papel relevante no espaço público".

Ecumenismo, diálogo intercultural, identidade europeia, perspectivas políticas sobre a África, América Latina e Ásia foram vários dos temas abordados neste evento.

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