Neste sábado, 11, na memória litúrgica de Santa Clara de Assis, encerra-se oficialmente em Assis, na Itália, o oitavo centenário dedicado a esta luminosa figura. Oitocentos anos atrás, Clara fugia da casa de seu pai em direção à Porciúncula para consagrar-se a Deus, seguindo os passos de São Francisco.
Ontem à noite, 10, houve uma vigília de oração no Santuário de São Damião, enquanto hoje, na Basílica de Santa Maria dos Anjos, o ministro geral dos Frades Menores, padre José Rodriguez Carballo, preside uma solene celebração eucarística. A irmã Maria Chiara Cavalli, do Mosteiro das Clarissas de Santa Inês, na cidade de Perugia, comentou a importância deste centenário.
"Recordar um centenário – oito séculos, no nosso caso – é recordar as próprias raízes, voltar à graça de nossas origens, ao fluxo do Espírito que é um Espírito eterno no qual também nós vivemos e ao qual podemos almejar".
A irmã destacou que Clara de Assis tem a beleza de quem encontrou Deus e viveu d’Ele, dando início a um caminho para que outros também pudessem segui-lo. Ela relatou que olhando para Santa Clara, é possível encontrar Jesus Cristo, mesmo nos dias atuais, marcados por tantas novidades.
“Para abraçar a todos, Clara acolhe o Senhor Jesus, como Maria, para levar Jesus – o amor que redime e salva – a todas as pessoas. Também hoje, todo mundo está procurando um sentido para a sua existência, uma resposta à pergunta, às perguntas que de qualquer maneira, sempre nos atormentam. As circunstâncias pessoais e sociais nos interrogam; mais cedo ou mais tarde encontramos a dor. Olhando para Santa Clara, encontrando-a nos mosteiros, nas Clarissas, podemos imaginar um caminho para o céu, descobrimos aquele amor que desde sempre procuramos e para o qual nascemos”. (SP)