Na manhã desta terça-feira, 15, um grupo composto por cerca de 35 embaixadores visitou o Instituto das Obras Religiosas (Ior), conhecido popularmente como "Banco do Vaticano".
O Ior tem o objetivo de “custodiar e administrar os bens móveis e imóveis confiados ao Instituto por pessoas físicas ou jurídicas e destinados a obras religiosas e de caridade”, segundo explica o artigo 2 dos seus Estatutos. Embora sua sede esteja na Cidade do Vaticano, o instituto oferece seu serviço a toda a Igreja.
Apesar de ser conhecido como banco, o instituto não tem objetivos exclusivamente bancários, pois os seus lucros são destinados a atividades religiosas e, em 1987, foi definido como uma "entidade central" da Igreja pelo Tribunal de Primeira Instância da Santa Sé.
Segundo o assessor da Secretaria de Estado, monsenhor Peter Bryan Wells, a visita é uma demonstração de transparência, profissionalismo e a ética naquilo que diz respeito às atividades econômicas desenvolvidas pela Santa Sé.
O diretor geral do Ior, Paolo Cipriani, apresentou uma relação detalhada sobre a missão do Instituto, sua estrutura, atividades e serviços desenvolvidos e ainda respondeu às perguntas dos presentes. Cipriani ressaltou os altos padrões de segurança do Ior para impedir a lavagem de dinheiro.
Os embaixadores visitaram ainda os diversos escritórios e instalações do Ior. Um segundo grupo de embaixadores visitará ainda o Ior nos próximos dias, de modo que todo corpo diplomático junto à Santa Sé possa obter informações sobre o Instituto. Um grupo de beneficiadores fez recentemente uma visita parecida.