Estudantes de uma escola técnica da Grande São Paulo criaram um drone aquático com materiais recicláveis. A tecnologia permite monitorar a qualidade da água de rios e córregos sem precisar de análise em laboratório.
Reportagem de Flavio Rogério e Gilberto Pereira
Sant’Ana de Parnaíba está entre as cidades que beiram os mais de 1000 km de extensão do rio Tietê. Estudantes do ensino técnico estadual na cidade desenvolveram um drone aquático. Gustavo acompanhou o processo desde o início. “Então a gente ia lá coletava, as amostras com a luva, com todos os equipamentos e fazia esse processo toda a mão para depois levar pro laboratório e assim fazer as pesquisas físico químicas. E agora, com o drone, a gente consegue ter todo esse processo mais facilitado com os sensores e essa pesquisa já realizada pronta pelo próprio drone mesmo”, contou o estudante Gustavo Peixoto.
O projeto visa monitorar cerca de 12 km aqui do Rio Tietê e de córregos dos municípios de Sant’Ana de Parnaíba e Cajamar, na região metropolitana de São Paulo.
“A ideia do drone é fazer com que o indivíduo, o analista, não precise ter contato diretamente com a água. O projeto surgiu com a ideia de educação ambiental crítica, que é o que faz a pessoa ou aluno refletirmos sobre as questões ambientais e especialmente a água”, explicou a professora de química e idealizadora do projeto, Elaine Teixeira.
Considerado de baixo custo, o drone aquático é feito com materiais recicláveis e conta com sensores e GPS. Com ele é possível analisar fatores como temperatura, oxigênio e pH da água, além da umidade do ar. Tudo controlado por um aplicativo. Agora eles buscam financiamento para aperfeiçoar o projeto. “A gente tá tratando ainda de um protótipo, mas ainda assim com o tempo e também com os recursos certos que a gente quer aprimorar e fazer com que esse drone se torne referência pro mundo inteiro”, retomou Gustavo.
“Abranger o maior número de países possível, porque sem água, ninguém vive”, concluiu Elaine.