11 de março

Em Roma, dia de oração e jejum pelas vítimas de coronavírus e pela Itália

Nesta quarta-feira, 11, será celebrada uma Missa via streaming no Santuário do Divino Amore, presidida pelo vigário do Papa

Da redação, com VaticanNews

A celebração de uma Missa no Santuário do Divino Amore, em Roma, será o principal evento do Dia de Oração e Jejum pelos doentes do novo coronavírus (Covid-19), nesta quarta-feira, 11. A cerimônia será presidida pelo vigário do Papa para a Diocese de Roma, Dom Angelo De Donatis, e transmitida ao vivo, via streaming, às 19h (hora italiana – 15h no horário de Brasília), pela página da Diocese de Roma no Facebook: www.facebook.com/diocesiroma

A iniciativa, anunciada através de uma carta escrita pelo cardeal e divulgada na última sexta-feira, 6, será promovida “para pedir a Deus ajuda para Roma, para  Itália e para o mundo” diante do sofrimento e das dificuldades geradas pela difusão do Covid-19.

O cardeal disse que irão rezar “por aqueles que foram infectados e por quem cuida deles; e pelas nossas comunidades para que sejam testemunho de fé e de esperança neste momento”.

Na oportunidade, e como faz desde o início do ano convidando para celebrar pelos doentes todo dia 11 do mês, o Centro para a Pastoral Sanitária do Vicariato vai recolher as doações dos fiéis. As ofertas serão destinadas ao suporte dos agentes sanitários que estão trabalhando “com generosidade e sacrifício” neste período de provação.

De Donatis explicou que, neste dias de oração e de silêncio, tem sentido “o grito forte da nossa cidade, da Itália e do mundo, neste momento particular que estamos vivendo. É uma situação pela qual não estamos acostumados, que nos preocupa, mas, sobretudo, agora somos chamados a viver com a força da fé, a certeza da esperança, a alegria da caridade”.

Atividades suspensas até 3 de abril

Depois da publicação do último decreto do governo italiano que entrou em vigor neste domingo, 8, que contém disposições para enfrentar a emergência do Covid-19, pedindo, em especial, de colaborar para evitar um maior incremento do número de infectados, tanto a Diocese de Roma como a Conferência dos Bispos da Itália (CEI), suspenderam em nível preventivo e nacional, até 3 de abril, as missas e os funerais.

As atividades pastorais não sacramentais, por exemplo, a catequese das crianças, os cursos de preparação ao matrimônio e de acompanhamento dos casais, os retiros e os exercícios espirituais, as peregrinações, as atividades associativas, os percursos de fé de adolescentes, jovens e adultos e, em geral, todas as atividades em grupo, já tinham sido suspensas e a restrição continua valendo.

Além disso, De Donatis acrescenta que a Diocese de Roma determinou que as visitas aos doentes sejam efetuadas “respeitando ainda com mais rigor” a distância mínima e as regras de higiene, utilizando as máscaras quando possível. Inclusive as bênção das famílias deverão ser feitas depois do período da Páscoa.

Em decreto deste domingo, 8, o vigário do Papa para a Diocese de Roma dispôs ainda que as igrejas paroquiais e não paroquiais locais vão permanecer, como sempre, abertas para a oração pessoal e seguindo as condições já pré-estabelecidas. A Igreja de Roma, acrescenta De Donatis, “fiel ao seu Pastor, assume a postura de plena responsabilidade diante da coletividade tendo consciência que a tutela ao contágio exige medidas drásticas, sobretudo, no contato interpessoal”. E o cardeal finaliza:

“Que o período da Quaresma nos ajude a viver evangelicamente esta grande provação. Abençoo vocês, confiando todos a Nossa Senhora do Divino Amore”, disse.

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