Essa foi a primeira visita após o fim da hostilidade em Aleppo; população sofre com a guerra civil no país
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
Hospital do Médicos Sem Fronteiras, na Sìria, destruído após ataque em fevereiro de 2016 / Foto: MSF
Em nome do Papa Francisco, o secretário delegado do órgão vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, Dom Giampietro Dal Toso, visitou a Síria de 18 a 23 de janeiro. Esta foi a primeira visita oficial de representantes da Santa Sé depois do fim da hostilidade em Aleppo.
O fato foi noticiado nesta terça-feira, 24, pela Santa Sé em seu informativo diário. Junto a Dom Giampietro, estiveram o núncio apostólico na Síria, Cardeal Mario Zenari, e o conselheiro da nunciatura, Dom Thomas Habib.
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Segundo nota do Vaticano, a delegação pôde encontrar as comunidades cristãs locais e seus pastores, que expressaram gratidão ao Papa pela sua constante solicitude para com a Síria. Dom Giampietro também visitou instituições de caridade católicas, alguns campos de refugiados e um centro de assistência humanitária gerido pela Caritas Aleppo.
Durante a visita missionária, o representante vaticano participou de um momento de oração ecumênica organizado por ocasião da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, em curso no hemisfério Norte. Ele também pôde verificar as condições de algumas estruturas hospitalares católicas, com o intuito de realizar projetos futuros de reconstrução.
Não faltou na visita momentos de encontro com representantes do Islã, em que foi enfatizada a responsabilidade das religiões em educar à paz e à reconciliação. “Ao longo das visita, as autoridades civis e religiosas prestaram homenagem à delegação, manifestando particular gratidão pelo gesto do Santo Padre de elevar à dignidade cardinalícia o representante pontifício no país e reconhecendo nisso a especial proximidade do Papa à martirizada população síria”, informa o comunicado vaticano.
Entre as necessidades mais urgentes no país, estão alimentação, vestuário, educação, saúde e abrigos. A população síria sofre há mais de cinco anos com um conflito entre governo e grupos rebeldes, além do extremismo islâmico que já vitimou centenas de pessoas e deixou tantas outras refugiadas.
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