Vaticano

Em mensagem aos hinduístas, Santa Sé afirma valor da não-violência

O Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso publicou hoje, 28, uma mensagem de felicitações à comunidade hinduísta, que celebra o primeiro dia da festa de Diwali, a festa da luz, solenidade religiosa que dura cinco dias, com celebrações familiares e comunitárias.

A mensagem que tem por tema "Cristãos e hinduístas: juntos pela não-violência", é assinada pelo presidente do Pontifício Conselho, Card. Jean-Louis Tauran e propõe uma reflexão sobre como podemos viver em harmonia na sociedade atual, testemunhando os valores da verdade, da luz e da esperança celebrados pelo Diwali.

"Enquanto as religiões são acusadas de serem responsáveis pelos males da sociedade, na verdade, é a sua instrumentalização que é usada para realizar formas de violência", adverte o cardeal.

O purparado recorda que na tradição hinduísta a não-violência é um dos ensinamentos mais importantes. O Mahatma Gandhi, o Pai da nação indiana, durante sua luta pela liberdade percebeu que aplicando o princípio "olho por olho", "todo o mundo se tornaria cego". Gandhi, afirma o Cardeal, é um modelo de não-violência, a ponto de sacrificar a própria vida para não aderir ao uso da força.

Sacralidade da Vida Humana

O Cardeal Tauran continua: "A não-violência não é uma tática, mas é a atitude daquele que, como disse o Papa, está tão convencido do amor de Deus e da sua potência, que não teme enfrentar o mal somente com as armas do amor e da verdade. O amor pelos próprios inimigos é a revolução do amor, um amor que fundamentalmente não depende das capacidades humanas, mas é um dom de Deus".

Aos líderes religiosos, o Cardeal faz um pedido: "Façamos todo o possível para promover a sacralidade da vida humana, o bem dos pobres e dos fracos em meio a nós e para colaborar, por meio do diálogo, para que seja respeitada a dignidade de todo ser humano, sem distinções de raça ou casta, credo ou classe".

Sobretudo na presente situação, conclui o purpurado, hinduístas e cristãos devem deixar-se vencer pelo amor sem reservas, "convictos de que a não-violência é o único caminho para construir uma sociedade global mais compassiva, mais justa e mais atenta aos necessitados. Esta é a nossa esperança e a nossa oração!".

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