Reunidos em Genebra, especialistas da OMS falaram a respeito do Coronavírus e da preocupação do governo chinês em pará-lo
Da redação, com Reuters
Michael J. Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências da OMS, durante a coletiva em Genebra, nesta quarta-feira, 29 / Foto: Reprodução Reuters
Em uma coletiva de imprensa organizada em Genebra, na Suíça, na tarde desta quarta-feira, 29, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e pesquisadores falaram a respeito do surto do Coronavírus e os quase 1500 casos ocorridos na China até esta terça-feira, 28.
O número de casos fora da China pode aumentar, segundo as autoridades. “Ainda não recebemos todos os detalhes das autoridades chinesas”, disse o médico Michael J. Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências da OMS.
Leia mais
.: Ministério da Saúde: Brasil tem três casos suspeitos de coronavírus
Os especialistas estão otimistas e acreditam que a disseminação da doença pode ser bloqueada. Os médicos da OMS garantem que as autoridades chinesas estão comprometidas em conter a doença. “Ficamos impressionados com o nível de preocupação do governo em todos os níveis”, disse Michael J. Ryan. “Pessoalmente, nunca vi um comprometimento nesta escala, todo o governo está organizado em uma estrutura emergencial”, reiterou.
O comitê da OMS é composto por 16 especialistas que se reúnem duas vezes por semana. Até o momento, eles não classificam a situação como emergência global. Por outro lado, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que há evidências de transmissão de homem para homem fora de seu epicentro na China, uma tendência que ele descreveu como preocupante.
O objetivo no momento é interromper o que os especialistas classificam como correntes de transmissão. “De pessoa para pessoa, o contato pessoal entre elas, e por meio do gerenciamento adequado da higiene, gerenciamento adequado da identificação de casos, isolamento ou distanciamento social. Como em surtos anteriores de Coronavírus, podemos, trabalhando com o governo da China e de outros governos, interromper essas cadeias de transmissão”, avaliou.
A intenção dos pesquisadores e médicos da OMS é levantar mais informações a respeito da transmissão do vírus e trabalhar com os governos da China e de outros países. “O mundo todo está trabalhando de maneira conjunta. Acreditamos que estas contaminações podem ser interrompidas”, afirmou Ryan.
Notícias Relacionadas
Especialista em doença respiratória explica possível origem do Coronavírus
Brasil anuncia ações para evitar disseminação do Coronavírus
Epidemia de coronavírus acelera e soma mais de 100 vítimas
Evento na ONU recorda ação da Igreja para salvar vidas no holocausto
Brasileiro consome o dobro da quantidade de sal recomendada pela OMS
