Neste primeiro domingo de Advento, o papa Bento XVI visitou o hospital romano São João Batista, da Soberana Ordem Militar de Malta, unidade que há mais de 35 anos é uma referência em neuro-reabilitação e cuidado de pessoas com lesões cerebrais.
Durante a celebração eucarística o Papa exortou aqueles que se encontram empenhados no campo da saúde, a tutelarem a dignidade dos doentes e dos que sofrem e a melhorar a qualidade da vida.
Em cada doente, quem quer que seja , saibais reconhecer e servir o próprio Cristo; fazei-lhe perceber, com os vossos gestos e as vossas palavras, os sinais do seu amor misericordioso, explicou Bento XVI, na homilia da Missa celebrada num pavilhão do hospital na presença de cerca de 350 doentes em cadeiras de rodas, dos seus familiares, médicos e enfermeiros.
Aos doentes e a todos aqueles que sofrem o Papa quis oferecer a sua encíclica Spe Salvi, sobre a esperança, citando uma passagem da mesma: “precisamos das esperanças – menores ou maiores – que, dia após dia, nos mantêm a caminho. Mas, sem a grande esperança que deve superar tudo o resto, aquelas não bastam. Esta grande esperança só pode ser Deus, que abraça o universo e nos pode propor e dar aquilo que, sozinhos, não podemos conseguir.”
Ao concluir a sua homilia o Santo Padre quis salientar que os hospitais e casas de cura, precisamente porque são habitados por pessoas provadas pela dor, podem tornar-se lugares privilegiados onde testemunhar o amor cristão que alimenta a esperança e suscita propósitos de fraterna solidariedade.
Após a celebração eucarística , o Papa visitou os departamentos do hospital, detendo-se especialmente com os pacientes da Unidade do Despertar, estrutura de vanguarda em terapias reabilitadoras para os que saem do coma.
