Barack Obama e Mitt Romney se submetem nesta terça-feira, 6, ao veredicto das urnas nos EUA, após uma longa e acirrada campanha presidencial que será decidida em alguns poucos Estados onde a corrida está extraordinariamente apertada.
Pelo menos 120 milhões de norte-americanos devem votar. A decisão, seja a reeleição do democrata Obama ou a substituição dele pelo republicano Romney, irá ditar os rumos do país nos próximos quatro anos a respeito de gastos públicos, impostos, saúde e questões de política externa, como a ascensão da China e as ambições nucleares do Irã.
As pesquisas nacionais mostram Obama e Romney em empate técnico, mas o presidente tem uma ligeira vantagem em vários Estados estratégicos, principalmente Ohio.
Pelo sistema eleitoral norte-americano, o presidente é eleito por um Colégio Eleitoral com 538 delegados. Cada Estado envia um número fixo de delegados ao Colégio, proporcional à sua representação no Congresso, e em quase todos os Estados o vencedor local leva todos os delegados, independentemente da margem de votos sobre o segundo colocado. Por isso, a eleição acaba sendo decidida em um punhado de Estados.
Romney, multimilionário ex-executivo de uma firma de investimentos, pode se tornar o primeiro presidente mórmon na história dos EUA, e também um dos norte-americanos mais ricos a chegarem à Casa Branca.
Obama, primeiro presidente negro, tenta se tornar o primeiro democrata reconduzido ao cargo desde Bill Clinton, em 1996.
Alimentada por um volume recorde de publicidade negativa, a disputa entre os dois candidatos esteve focada principalmente na complicada recuperação econômica nacional e no desemprego persistentemente alto. Em alguns momentos, porém, o duelo foi para o lado pessoal.