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Profestos

Egito conta custos da turbulência e manifestantes não desanimam

Os egípcios contaram o custo de mais de duas semanas de turbulência, enquanto manifestantes revigorados novamente lotaram a Praça Tahrir, no Cairo, nesta quarta-feira, 9, para exigir a saída imediata do presidente Hosni Mubarak.

Um dia depois de egípcios terem feito um de seus maiores protestos na capital, a Praça Tahrir permanecia lotada, apesar de nenhuma manifestação ter sido programada.

Karam Mohamed, da província de Beheira, no Delta do Nilo, disse que os protestos estão crescendo. "Estamos pondo pressão sobre eles pouco a pouco, e no final eles vão cair."

Manifestantes disseram que organizadores planejam protestos em frente do prédio da rádio e televisão estatais na sexta-feira, o dia da próxima grande manifestação programada.

"Acho que as pessoas vão formar multidões diante da rádio e televisão. O presidente Mubarak vai cair logo, em três ou quatro dias", disse o engenheiro Mohamed Sadik.

Fontes de segurança e a TV estatal informaram que três pessoas morreram e várias sofreram ferimentos a bala em choques com a polícia em uma província desértica distante do Cairo na terça e quarta-feiras, o primeiro confronto sério desde que o "Dia de Ira", em 28 de janeiro, levou ao envio do Exército às ruas.

Os manifestantes morreram quando forças de segurança entraram em choque com 3.000 pessoas no Vale Novo, uma província a 500 quilômetros do Cairo e que tem um oásis no deserto.

Pelo bem da economia

Com Mubarak recusando-se a renunciar antes do término de seu mandato, em setembro, o governo procura retratar-se como baluarte contra o islã militante e pede um retorno à normalidade, pelo bem da economia.

Em Berlim, o ministro do Exterior alemão Guido Westerwelle pediu ao governo egípcio que ponha fim ao estado de emergência e implemente mais reformas políticas, ecoando declarações do vice-presidente dos EUA, Joe Biden, na terça-feira.

A administração Obama parece temer que o governo de Mubarak não promova mudanças significativas no país árabe mais populoso, que é parceiro estratégico dos EUA devido a seu tratado de paz com Israel e o fato de controlar o Canal de Suez.

O vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, que vem tendo reuniões com grupos oposicionistas, disse que já existe um mapa do caminho para a transferência do poder, mas os manifestantes não se deixaram convencer pelo plano.

As tentativas do governo de acalmar a revolta popular que explodiu em 25 de janeiro não tiveram resultado até agora, e a economia está sendo prejudicada. "Não poderemos suportar esta situação por muito tempo e precisamos acabar com esta crise o quanto antes", disse Suleiman na terça-feira.

Analistas do banco Crédit Agricole estimam que a crise esteja custando ao Egito 310 milhões de dólares por dia.

A maior siderúrgica egípcia, a Ezzsteel, informou que suas usinas estão operando a uma capacidade abaixo da plena, mas que uma investigação envolvendo seu presidente, que ocupava um cargo elevado no partido de Mubarak, não vai afetar as atividades da empresa.

O presidente da empresa, Ahmed Ezz, negou as alegações de que teria falsificado votos nas eleições parlamentares de novembro passado. Em Oslo, a Statoil ASA informou que não faz mais perfurações no Egito.

O Canal de Suez, uma fonte vital de divisas, relatou uma queda de 1,6% em sua receita em janeiro, em relação a dezembro. Mas a cifra foi mais alta que a de um ano atrás, e funcionários disseram que as operações no canal não foram afetadas pela turbulência.

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