PARIS 2024

Edival Pontes ganha medalha de bronze no taekwondo para o Brasil

Conquista do atleta é apenas a terceira do país na modalidade; dia olímpico também tem primeira brasileira classificada à final da ginástica rítmica

Gabriel Fontana
Da Redação

Edival Pontes em ação durante disputa pelo bronze no taekwondo / Foto: Wander Roberto/COB

O Brasil subir ao pódio nas Olimpíadas de Paris 2024 já se tornou comum – até aqui, essa é a terceira melhor campanha olímpica do país em número absoluto de conquistas. Contudo, inusitado foi o esporte que rendeu mais uma medalha de bronze ao país: o taekwondo.

Nesta quinta-feira, 8, Edival Pontes conquistou o terceiro lugar na modalidade até 68 kg. No esporte de origem coreana, os lutadores buscam acertar o adversário com chutes e socos, pontuados de acordo com a região atingida do corpo do rival, enquanto evitam ser atingidos. São disputados três rounds, e para ficar com a vitória é preciso ganhar dois deles.

Na primeira luta do dia, válida pelas oitavas de final, o brasileiro perdeu para Zaid Kareem, da Jordânia, e foi para a repescagem. Ele enfrentou o turco Hakan Recber nesta fase e, após derrotá-lo, conquistou o direito de lutar pela medalha de bronze em sua categoria.

A última luta de sua campanha foi contra o espanhol Javier Perez Polo. No primeiro round, Edival esteve atrás do rival no placar até os últimos segundos, quando acertou um golpe em sua cabeça e garantiu a vitória na rodada. No segundo round, contudo, o Perez Polo levou a melhor.

No último e decisivo round, o brasileiro sobrou. Ele abriu quatro pontos de vantagem e os administrou até o tempo de esgotar, garantindo o bronze. Até a conquista de Edival, o Brasil só tinha vencido duas medalhas no taekwondo, ambas de bronze, com Natalia Falavigna, em Pequim 2008, e Maicon Andrade, no Rio 2016.

Primeira brasileira classificada para final da ginástica rítmica

Bárbara Domingos durante apresentação com arco / Foto: REUTERS/Hannah Mckay

O dia olímpico também teve um feito histórico: Bárbara Domingos tornou-se a primeira brasileira a se classificar para a final individual geral da ginástica rítmica (modalidade diferente da ginástica artística).

Bárbara terminou a fase classificatória na oitava colocação geral, com 129.750 pontos acumulados. Durante a competição, a ginasta participou de quatro rotações, realizando apresentações com bolas, maças, fitas e arco (no qual teve seu melhor desempenho e foi a terceira melhor entre todas). A final acontecerá nesta sexta-feira, 9, a partir das 9h30.

Outros resultados do dia

Logo cedo, a medalhista de ouro em Tóquio 2020, Ana Marcela Cunha, nadou no rio Sena para a disputa da maratona aquática. Ela terminou a prova em 2:04:15.7 e acabou na quarta posição, ficando sem medalha. Viviane Jungblut também participou da competição e ficou na 11ª posição após concluir o percurso em 2:06:15.8.

No taekwondo, Maria Clara Pacheco não teve o mesmo sucesso que Edival Pontes. A brasileira venceu a australiana Stacey Hymer nas oitavas de final, mas perdeu para a chinesa Luo Zongshi nas quartas de final e terminou sua participação sem medalha.

No atletismo, Ana Caroline da Silva e Lívia Avancini disputaram o arremesso de peso, mas não conseguiram se classificar para a final. No revezamento 4×100 metros, a equipe masculina do Brasil terminou na sexta posição de sua bateria e também não conquistou vaga na decisão.

Na final do arremesso de dardo, o recordista sul-americano Luiz Maurício da Silva não conseguiu repetir o desempenho da semifinal. Seu melhor arremesso foi de 80,67 metros, e o brasileiro terminou a competição no 11º lugar.

Na categoria C2 – 500 metros da canoagem velocidade, Isaquias Queiroz e Jacky Goodman conseguiram se classificar para a final, mas terminaram a decisão na oitava posição. Isaquias terá uma nova chance de brigar por uma medalha nesta sexta-feira, 9, quando disputará a semifinal da categoria C1 – 1000 metros. Já nas eliminatórias da categoria C1 – 200 metros, Valdenice do Nascimento terminou sua bateria na segunda colocação e garantiu vaga na semifinal.

Ana Patrícia e Duda se classificam para final do vôlei de praia

Na vela, duas duplas brasileiras participaram da medal race de suas categorias. Henrique Haddad e Isabel Swan, na disputa mista de embarcações classe 470, terminaram na 10ª posição geral. João Siemsem e Marina Arndt, na modalidade mista da classe Nacra 17, ficaram no 9º lugar geral. Além deles, Bruno Lobo disputou a semifinal A da Formula Kite, mas não avançou para a final.

No wrestling, Giullia Penalber (categoria até 57 kg) venceu o confronto das oitavas de final contra Rckaela Aquino, de Guam. Contudo, a lutadora foi superada nas quartas de final por Anastasia Nichita, da Moldávia, e foi eliminada. No vôlei de quadra, a seleção feminina foi derrotada pelos Estados Unidos por 3 sets a 2. O jogo foi bastante equilibrado, mas a equipe brasileira não conseguiu a classificação e terá que disputar a medalha de bronze contra a Turquia no sábado, 10, às 12h15.

Da quadra para as areias, Ana Patrícia e Duda carimbaram seu passaporte para a final do torneio. Elas venceram as australianas Taliqua Clancy e Mariafe Artacho del Solar por 2 sets a 1, de virada, em um jogo que também foi acirrado. A disputa pelo ouro será contra as canadenses Brandie Wilkerson e Melissa Humana-Paredes nesta sexta-feira, 9, às 17h30.

Quadro de medalhas

O Brasil alcançou um total de 15 medalhas, sendo duas douradas, e está na 18ª colocação do quadro de medalhas. Além disso, tem mais duas medalhas garantidas, uma pela seleção feminina de futebol, que se classificou para a final do torneio olímpico, e outra por Ana Patrícia e Duda, que avançaram para a decisão do vôlei de praia. As conquistas do país vieram com:

Os Estados Unidos seguem na liderança do quadro de medalhas, com 30 ouros e 103 conquistas ao todo. A China aparece na segunda posição, com 28 medalhas de ouro e 72 no total, enquanto a Austrália continua no terceiro lugar, com 18 medalhas de ouro e 45 ao todo.

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