Ensinamento

É o amor que vence, não o egoísmo, afirma Bento XVI

"O amor é mais forte do que o ódio e o egoísmo, também num mundo como o atual, em que domina a ideologia materialista do consumo e do divertimento", foi o que afirmou Bento XVI na homilia da Missa da solenidade da Assunção de Nossa Senhora, celebrada na manhã desta quarta-feira, 15, na paróquia de São Tomás de Villanova, em Castelgandolfo.

Comentando as leituras bíblicas da Liturgia da Palavra, o Papa partiu da imagem apocalíptica do Dragão vermelho, símbolo do egoísmo absoluto, do terror, da violência, para descrever a história do mundo como uma luta continua entre o amor e o egoísmo. E isto não só no tempo do império romano, mas também em épocas recentes.

"Vemos realizada esta força do Dragão vermelho nas grandes ditaduras do século passado – disse Bento XVI. A ditadura do nazismo e a ditadura de Estaline tinham um poder que penetrava em todos os ângulos. Parecia impossível que a longo prazo a fé pudesse sobreviver. Mas na realidade – acrescentou o Papa – também neste caso, no fim o amor foi mais forte do que o ódio".

"Também hoje existe o Dragão, com maneiras diferentes – prosseguiu o Papa – nas ideologias materialistas que nos dizem que é absurdo pensar em Deus, é absurdo observar os mandamentos, descrevem-nos como uma coisa ultrapassada. Só vale viver a vida para si, agarrar tudo aquilo que se pode agarrar".

O Papa acrescentou que parece impossível opor-se a esta mentalidade dominante, com toda a sua força também mediática e propagandística. Também agora o Dragão parece invencível. Mas Deus é mais forte do que o Dragão – concluiu Bento XVI – é o amor que vence, não o egoísmo".

Na homilia da Missa o Santo Padre falou também da Igreja que vive no deserto e leva Deus a este mundo de violência.
"Em todas as tribulações do mundo – sublinhou Bento XVI – a Igreja sofrendo vence, sinal da presença de Deus, no mundo do ódio e do egoísmo".

Durante o percurso do Palácio Apostólico de Caltengandolfo até a Igreja paroquial de São Tomás, o Papa deteve-se a saudar os fiéis que o esperavam, cumprimentando-os e acariciando as crianças.

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