A tradicional Via Sacra de Sexta-Feira Santa, no Coliseu de Roma, conta este ano com meditações do biblista italiano Gianfranco Ravasi, atual prefeito da Biblioteca Ambrosiana e membro da Comissão Pontifícia Bíblica.
O texto já foi publicado pela Libreria Editrice Vaticana, apresentando uma viagem "na dor, na solidão, na crueldade, no mal e na morte". Este é, também, um percurso "na fé, na esperança e no amor, porque o sepulcro, a última etapa do nosso caminho, não permanecerá fechado para sempre".
Na primeira estação, por exemplo, Jesus é apresentado na "angústia" perante a morte, no Jardim das Oliveiras, sendo possível descobrir nele "o nosso próprio rosto, quando é regado por lágrimas e marcado pela desolação".
As meditações abordam a traição de Judas, o dever de testemunhar a verdade, a negação de Pedro, a indiferença, a vulnerabilidade, o mistério do encontro com Deus, a presença das mulheres e mesmo a curiosidade mórbida da multidão.
O crucificado, refere o texto, "é um sinal humano universal da solidão da morte e também da injustiça e do mal", mas também "um sinal divino universal de esperança".