O observador permanente da Santa Sé na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Dom Francesco Follo, falou sobre tecnologias da informação e da comunicação, educação para todos e educação intercultural, numa sessão do Conselho Executivo, em Paris, na França.
Os temas se relacionam com o apelo de fazer com que tanto a comunicação como a educação tenham o homem como primeiro objetivo, entendido como alguém portador de dignidade.
Na intervenção sobre as tecnologias da informação e da comunicação, o prelado reiterou que a Santa Sé encoraja os esforços para a formação tecnológica e informática nos países emergentes, desde que tal formação "não se limite a uma dimensão técnico-profissional, mas leve em consideração o homem", ou seja, o desenvolvimento do indivíduo, o respeito pelo outro e o bem comum.
Neste sentido, Dom Follo expressou o apoio da Santa Sé à luta da UNESCO contra o abuso e a manipulação da informação.
No segundo pronunciamento, o prelado insistiu na necessidade de que se garanta a todos educação adequada, sobretudo na África. Sobre o assunto, foram sugeridas duas estratégicas: primeiramente, dar importância à escola, onde o aluno aprende as regras de vida fundamentais e, depois, oferecer iguais oportunidades de estudos para homens e mulheres.
"A mulher e o homem têm carismas complementares. Existem valores tipicamente masculinos, como a utopia, a criatividade, a diplomacia e a maestria; e valores tipicamente femininos, como o realismo, a atenção, a resistência, a tenacidade e a capacidade de comunicar", afirmou Dom Follo.
Os últimos pronunciamento de Dom Follo foram dedicados à educação intercultural. "Hoje, existe a tendência de orientar a educação segundo um modelo puramente produtivo. Uma orientação unilateral da educação voltada para critérios de eficácia não pode deixar de ter graves conseqüências".
Ao concluir, o observador da Santa Sé delcarou que a atual crise financeira é rica de ensinamentos a esse respeito: "só a pessoa que concebe a relação com os outros para além de critérios de produtividade pode apreciar as coisas em seu justo valor, já que as relações sociais são um fim e não um meio".
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