Observador da Santa Sé na ONU pediu que a Organização Mundial do Trabalho faça mais para resolver o urgente problema do desemprego dos jovens
Da Redação, com Rádio Vaticano
O novo Observador Permanente da Santa Sé na sede das Nações Unidas em Genebra, Dom Ivan Jurkovič, invocou a Organização Mundial do Trabalho a fazer mais para resolver o urgente problema do desemprego dos jovens.
Em discurso nesta quinta-feira, 2, na 105ª sessão da Conferência Internacional sobre o Trabalho, o diplomata esloveno insistiu que criar empregos dignos e bem remunerados para os jovens é uma obrigação moral. Para isso, segundo ele, é preciso encorajar “modelos econômicos novos, inclusivos e igualitários, não voltados para poucos, mas que atendam o povo comum e a sociedade como um todo”.
Advertindo que o avanço da tecnologia pode reduzir o valor e dignidade dos trabalhadores, Dom Jurkovič reiterou que medir o progresso humano em termos de crescimento econômico e a acumulação de riqueza material não é realístico.
“O trabalho adquire seu verdadeiro caráter quando é decente e sustentável para trabalhadores, empregadores, governos, comunidades e meio ambiente”.
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A globalização – prosseguiu – propiciou novas oportunidades de emprego nas economias emergentes, mas, por outro lado, deixou os trabalhadores mais vulneráveis a pressões competitivas por um salário mais alto e uma maior jornada de trabalho.
Laudato Si
Finalizando seu discurso, Dom Jurkovič falou dos efeitos negativos das mudanças climáticas no desenvolvimento econômico e social. Mencionando a Encíclica ‘Laudato Si’, do Papa Francisco, disse que não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise socioambiental.
“As diretrizes para a solução requerem uma abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza”.