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Conflito

Diálogo entre governo e oposição do Egito não avança

O governo do Egito realiza nesta segunda-feira, 7, sua primeira reunião ministerial plena desde o início dos protestos contra o presidente Hosni Mubarak, sem sinais de progressos por enquanto no diálogo com a oposição, que deseja a saída imediata dele.

Mubarak, que decidiu deixar o poder antes das eleições presidenciais de setembro, tenta agora focar na restauração da ordem. Já os manifestantes prometem permanecer acampados na praça Tahrir, no Cairo, até que o presidente saia, e devem repetir seus protestos na terça e sexta-feira.

A proscrita Irmandade Muçulmana está entre os grupos que se reuniram com autoridades no fim de semana, num sinal de quanta coisa mudou no Egito nesses 13 dias de protestos que abalaram o mundo árabe e alarmaram as potências ocidentais.

Mas líderes da oposição relatam poucos progressos, e muitos manifestantes temem que Mubarak, no poder há 30 anos, acabe sendo substituído por outro governante autoritário.

A reunião com a oposição foi comandada pelo vice-presidente Omar Suleiman. O governo disse que houve acordo a respeito de um roteiro para o diálogo, indicando que Mubarak permaneceria no poder para supervisionar a transição.

O gabinete também se comprometeu a libertar ativistas presos, garantir a liberdade de imprensa e suspender as leis de emergência. Uma comissão foi criada para estudar questões constitucionais.

Mas a oposição diz que o governo não atendeu à sua exigência de uma completa reformulação do sistema político. Abdel Monem Aboul Fotouh, dirigente da Irmandade, afirmou que a declaração do governo traz "boas intenções, mas não inclui nenhuma mudança sólida".

Ativistas de oposição rejeitam qualquer acordo pelo qual Mubarak transfira o poder a Suleiman, mas termine de cumprir seu mandato – o que significaria essencialmente empregar o atual sistema autoritário para a transição rumo à democracia.

A fim de resolver os congestionamentos na região do praça Tahrir, o Exército tentou na manhã desta segunda-feira reduzir a área ocupada pelos manifestantes. Estes saíram das suas barracas para cercar os soldados que buscavam encurralá-los. Para barrar o avanço do Exército, muitos manifestantes haviam dormido dentro das lagartas dos veículos militares.

O país voltou ao trabalho no domingo, 6, (dia útil no mundo árabe), e os bancos reabriram após uma semana de crise, com grandes filas. Muitos egípcios, mesmo entre os que participaram das manifestações da semana passada em todo o país, desejam o retorno à normalidade e temem o impacto da crise sobre a estabilidade e a economia.

No domingo, a queda na libra egípcia foi menos acentuada do que operadores do mercado previam, já que o Banco Central aparentemente interveio para segurar a cotação. Mas a moeda local pode sofrer uma nova pressão nesta segunda-feira, com a abertura dos bancos fora do Oriente Médio.

Outro teste de confiança será um leilão de 15 bilhões de libras (2,6 bilhões de dólares) em títulos de curto prazo do Tesouro egípcio, que deveria ter acontecido na semana passada, mas foi adiado.

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