O objetivo do Dia Mundial da Rádio é recordar o seu papel único de chegar até as pessoas em qualquer lugar do mundo
Da redação, com Rádio Vaticano
O Dia Mundial da Rádio, celebrado nesta sexta-feira, 13, terá como tema “Os jovens e a rádio”. A iniciativa, promovida pela UNESCO, chega a sua quarta edição, sempre com o objetivo de “recordar o papel único da rádio de chegar até as pessoas em qualquer lugar do mundo”.
Para a Associação Católica Mundial para a Comunicação (Signis), a data é uma oportunidade “para celebrar a importância da Rádio nas nossas vidas hoje, mas também para assegurar a sobrevivência de seu enorme potencial no futuro”.
De fato, em mensagem para a recorrência, a Signis afirma que “graças a notícias, debates públicos, música e entretenimento a rádio continua a informar, atrair e inspirar as pessoas em um modo único, se comparada às outras mídias.”
Em nota, a Associação afirma que a rádio, como nenhum outro meio, tem a capacidade de chegar em tempo real a muito mais pessoas, lugares e culturas se comparada a outros meios de comunicação.
Neste sentido, este meio cria pontes de comunicação entre comunidades longínquas, levando o desenvolvimento às regiões mais remotas e entre as populações mais vulneráveis, que muitas vezes, não têm outra forma de contato com o resto do mundo.
A Rádio diante das novas tecnologias
A Rádio, além disto, “é a mídia de massa que melhor se adapta às novas fronteiras digitais”. Tecnologias como a internet ou o uso de smartphones ou androids, com os respectivos aplicativos, “superaram a dinâmica tradicional com que operam as mídias, e os jovens estão na linha de frente em seguir as novas tendências”.
Incrementar a inclusão social dos jovens
Em sua mensagem, a Diretora Geral da UNESCO, Irina Bukova, exorta a se incrementar a inclusão social dos jovens com menos de 30 anos, que representam mais da metade da população mundial, recordando que a rádio tem a possibilidade de contribuir para se chegar a tal objetivo.
“Os jovens são pouco representados na mídia e esta exclusão é, frequentemente, um reflexo da sua exclusão social, econômica e democrática”, escreve Bukova. Neste contexto, a rádio representa um meio para a mudança, pois “é um vetor de coesão, instrução e cultura, uma plataforma de partilha onde os jovens devem encontrar o seu lugar para expressarem-se”.
Irina recorda ainda que “a rádio cria um sentido de pertença, ajuda as comunidades a romper o seu isolamento em situações de conflito armado, de tensão política ou de drama humanitário”. Em relação ao drama dos refugiados, por exemplo, a rádio é capaz de recriar ligações sociais entre eles, divulgando “a educação, a cultura e informações”.