O Dia Internacional dos Desaparecidos, celebrado nesta quinta-feira, 30, em todo o mundo, foi marcado, na América Latina, por atividades voltadas à reparação e à reconstrução da memória histórica, a fim de evitar a repetição dessa grave violação aos direitos humanos.
No Uruguai, os organizadores da manifestação _ "Mães e Familiares de Uruguaios Detidos-Desaparecidos" e a organização de defesa dos direitos humanos, Anistia Internacional _ destacaram que, até hoje, no país, se desconhece o destino das vítimas desaparecidas durante a ditadura militar.
No México, as cidades de Oaxaca e Ciudad Juárez realizaram atividades programadas, sobre os desaparecidos. Organizações de defesa dos direitos humanos elaboraram um fórum para debater sobre o tema. Em Ciudad Juárez, a Associação de Familiares dos Desaparecidos celebrou um ato, para recordar as perdas e lembrar às autoridades que ainda há casos pendentes a serem resolvidos.
No Chile, a data foi lembrada com a exibição da exposição Rostos da História, evento organizado pelo Grupo de Familiares dos Detidos-Desaparecidos. As atividades para comemorar o dia do desaparecido na Argentina foram promovidas pelas "Avós da Praça de Maio", "Familiares de Desaparecidos e Detidos por Razões Políticas" e pelas "Mães da Praça de Maio", em diferentes atos.
O Grupo de Familiares de Detidos-desaparecidos e Assassinados por Razões Políticas, do Paraguai, e a Comissão de Verdade e Justiça convidaram a sociedade a participar da homenagem aos mais de 500 desaparecidos e assassinados pela ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989). O tributo a todos aqueles que lutaram pela liberdade e por uma sociedade mais justa se realizou no Museu das Memórias, com o tema "Ditadura e Direitos Humanos".
Por sua vez, a ONU pediu aos governos que adotem medidas preventivas contra os desaparecimentos e que acabem com a impunidade dos grupos armados ou forças de segurança responsáveis por esses atos.