Deus nunca se cansa de amar, diz Papa em Celebração Penitencial

Durante a Celebração Penitencial, sem estar previsto, Papa Francisco decidiu se confessar

Deus nunca se cansa de amar, diz Papa em Celebração PenitencialO Papa Francisco presidiu nesta sexta-feira, 28, uma Celebração Penitencial na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

O evento foi promovido pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização e acontece em todas as dioceses do mundo, na Vigília do quarto Domingo da Quaresma, chamado Domingo de Alegria.

Na homilia, o Santo Padre destacou que, no período quaresmal, a Igreja, em nome de Deus, renova o apelo à conversão. “É um chamado a mudar de vida. Converter-se não é questão de momento ou de um período do ano, mas é um compromisso que dura toda vida”.

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“Quem pode dizer que não é pecador?”, questionou o Santo Padre. E afirmou: “Todos nós somos”.

Papa Francisco destacou dois elementos essenciais na vida do cristão: Revestir-se do homem novo e permanecer no amor.

O Pontífice explicou que no batismo a pessoa é revestida do homem novo, “criado segundo Deus” (Ef 4,24). “Essa vida nova permite olhar a realidade com outros olhos, sem nos distrair com as coisas que não são importantes e não duram. Por isso somos chamados a abandonar os comportamentos pecaminosos e fixar o olhar sobre o essencial”.

Francisco recordou um trecho da Gaudium et Spes que afirma: “o homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem” e ressaltou que essa é a diferença entre a vida deformada pelo pecado e a vida iluminada pela graça.

Deus nunca se cansa de amar, diz Papa em Celebração Penitencial

Sem estar previsto, Papa Francisco quis confessar-se antes de atender os fiéis em confissão / Foto: Reprodução CTV

“Do coração do homem, renovado por Deus, provêm os bons comportamentos: falar sempre com verdade e evitar sempre qualquer mentira; não roubar, mas compartilhar aquilo que possui com os outros, principalmente com quem passa necessidade; não ceder à ira, ao rancor e à vingança, mas ser manso, magnânimo e pronto ao perdão, não ceder à maledicência que corrói a boa fama das pessoas, mas olhar sempre o lado positivo de todos”, disse.

Sobre permanecer no amor, o Santo Padre destacou que o amor de Jesus Cristo dura para sempre porque é próprio da vida de Deus.

“O nosso Pai nunca se cansa de amar e seus olhos não se cansam de olhar para a estrada de casa para ver se o filho que se foi e se perdeu, está retornando. E esse pai não se cansa nem mesmo de amar o outro filho que, mesmo permanecendo sempre em casa com ele, não é participante de sua misericórdia, de sua compaixão”, explicou o Papa.

Francisco destacou que Deus não é somente a origem do amor, mas, em Jesus Cristo, chama os fiéis a imitarem Seu próprio modo de amar.

“Na medida em que os cristãos vivem este amor, tornam-se no mundo discípulos de credibilidade de Cristo. O amor não pode suportar permanecer fechado em si mesmo. Por sua própria natureza é aberto, difunde-se e é fecundo, gera sempre novo amor”, disse.

Após a homilia, um momento de silêncio e reflexão tomou conta da Basílica. Logo após, os sacerdotes confessores dirigiram-se aos confessionários para atender os presentes. Enquanto isso, o Papa deu continuidade à celebração com um momento penitencial com os fiéis.

Em seguida, o Santo Padre dirigiu-se a um dos confessionários para atender alguns dos fiéis, porém, antes quis confessar-se também.

Ao término da Celebração, Francisco agradeceu a Deus pelo Seu perdão, e pela bondade e doçura do Seu amor, que muitos puderem sentir no sacramento da confissão.

Após um momento de oração, o Santo Padre concluiu com a bênção apostólica.

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