Arcebispo Celestino Migliore

Desafios que surgem com a urbanização acelerada

O observador permanente do Vaticano na Organização das Nações Unidas (ONU), Arcebispo Celestino Migliore, pronunciou um discurso em 9 de abril diante da 41ª Sessão do Conselho Econômico e Social da Comissão sobre a População e o Desenvolvimento. O Arcebispo Migliore disse que "as migrações e a urbanização das sociedades não devem ser medidos apenas em termos do seu impacto econômico. Buscamos formas de combater os desafios ocasionados pelas migrações e imigrações em massa, mas, não podemos nos esquecer que o que está no centro destes fenômenos são pessoas".

"Com o surgimento de novas metrópoles, surgem novos problemas ambientais, sociais e econômicos”, disse. "Mas uma das conseqüências mais dolorosas na rápida urbanização é o número cada vez maior de pessoas vivendo em favelas. Em 2005 mais de 840 milhões de pessoas em todo o mundo já viviam nestas condições".

Essas pessoas, avisou o Arcebispo, "ficam presas em um ciclo vicioso de pobreza extrema e de marginalização. Eles se sentem impotentes para exigir ainda mais os serviços públicos mais básicos". As autoridades políticas e a sociedade civil têm o dever de colocar essas pessoas junto às suas prioridades nas suas tomadas de decisão".

O Arcebispo Migliore concluiu que se queremos atingir os objetivos do milênio, de até 2015 reduzir pela metade o número de pobres, temos que voltar, de forma mais intensa, a atenção às comunidades rurais, das quais 675 milhões de pessoas, aproximadamente, não têm acesso à água potável e das quais, dois mil milhões vivem sem acesso a saneamento básico. As políticas nacionais e internacionais deveriam assegurar que as comunidades tivessem acesso a serviços sociais de mais qualidade.

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