Conforme reporta a Rádio Vaticano, para o representante legal do Vaticano nos Estados Unidos, Jeffrey Lena, a desistência é a demonstração que a moção movida era equivocada em seu mérito. Respondendo sobre o caso aos jornalistas na Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, porta-voz e diretor do órgão, disse que "a Santa Sé recebe com satisfação as notícias" sobre a causa no Kentucky.
"Naturalmente, isso não significa de forma alguma a minimização do horror e da condenação desses acontecimentos envolvendo abusos sexuais e da compaixão pelo sofrimento das vítimas". Contudo, concluiu padre Lombardi, "é positivo que uma causa que já dura seis anos sobre um suposto envolvimento da Santa Sé na responsabilidade da ocultação dos abusos, que obteve também fortes reflexos negativos sobre a opinião pública, tenha se demonstrado ao final originada de uma acusação não fundamentada", declarou.
"Nunca houve um política da Santa Sé que solicitasse o ocultamente dos abusos às crianças", declara o advogado Jeffrey Lena, em uma nota, após a decisão por parte das três supostas vítimas de abusos sexuais no Kentucky de não dar prosseguimento à causa contra a Santa Sé. O desenrolar dos acontecimentos, continua o representante legal da Santa Sé, demonstra que a "teoria elaborada pelos advogados das partes lesadas, há seis anos, foi incensada pela opinião pública".
"Que a causa movida contra a Santa Sé tenha sido sempre equivocado no mérito não significa que as partes lesadas não tenham sofrido por causa dos abusos", continua a nota do advogado. Todavia, continua Lena, a causa contra a Santa Sé "somente distraiu a atenção do importante objetivo de proteger as crianças".
De sua parte, o advogado da acusação, William McMurry, recordou à agência Associated Press que muitas das vítimas chegaram a acordos com as dioceses onde foram verificados os abusos e, portanto, não podem agora chamar à responsabilidade o Vaticano.
McMurry representou um numeroso grupo de vítimas, que em 2003 tinha feito um acordo com a diocese de Louisville para um ressarcimento de 25 milhões de dólares. Entre todos que haviam chegado a esse acordo, estava também uma das vítimas que depois moveu uma ação contra o Vaticano. Os outros dois casos envolvem supostos abusos sexuais ocorridos há algumas décadas.
O juiz que preside a causa no Kentucky ainda não decidiu pelo arquivamento, mas ambas as partes consideram o procedimento encerrado.
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