Uma proposta para proibir a venda dos chamados ‘bump stocks’ foi anunciado pelo secretário de Justiça, Jeff Sessions
Da redação, com Ansa
Às vésperas da marcha por restrições ao comércio de armas nos Estados Unidos, o secretário de Justiça, Jeff Sessions, anunciou nesta sexta-feira, 23, uma proposta para proibir a venda dos chamados “bump stocks”, dispositivos que são usados para aumentar o poder de fogo de fuzis semiautomáticos.
O governo de Donald Trump optou por não esperar uma ação do Congresso ― cuja maioria é de seu partido, o Republicano ― e vem se mostrando pouco disposto a impor qualquer tipo de restrição para a aquisição de armamentos no país. “A gestão Obama legalizou os bump stocks. Má ideia. Como prometi, hoje o Departamento de Justiça lançou a regra banindo os bump stocks. Vamos proibir todos os dispositivos que transformam armas dentro da lei em máquinas ilegais”, disse.
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A medida é a primeira reação da Casa Branca aos recentes massacres em escolas nos EUA, como o de Parkland, na Flórida, que deixou 17 mortos em fevereiro passado. O atirador Nikolas Cruz usou um “bump stock” para aumentar o poder de fogo de sua arma.
Neste sábado, 24, alunos do colégio de Parkland farão uma marcha em Washington e pedirão mais controles na venda de armas, inclusive a proibição de todos os modelos semiautomáticos e o aumento da idade mínima para compra de armamentos de 18 para 21 anos ― o veto ao “bump stock” é outra reivindicação dos jovens.
Até a Associação Nacional do Rifle (NRA), principal lobista pró-armas dos EUA e financiadora do Partido Republicano, chegou a indicar que aceitaria a regulamentação dos “bump stocks”, embora rejeite qualquer outro tipo de restrição.