América Central

Cuba: morre preso político e Lula começa visita ao país

O dissidente político cubano Orlando Zapata morreu na tarde desta terça-feira, 23, em um hospital da capital de Cuba, Havana, após permanecer 85 dias em greve de fome.

Zapata tinha 42 anos e havia sido transferido de um presídio na província de Camaguey – onde começou a greve de fome – para o hospital.

A Anistia Internacional considerava o dissidente como "prisioneiro de consciência" desde 2003. Naquele ano, ele foi preso com outros mais de 70 adversários políticos do regime comunista cubano.

Em quase 40 anos, ele é o primeiro prisioneiro político a morrer de fome no país. A chancelaria cubana não quis comentar o assunto.

O governo cubano classifica os prisioneiros dissidentes como mercenários a serviço dos Estados Unidos.

A Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) publicou em janeiro seu relatório anual, em que afirma haver 201 presos políticos em Cuba.

Lula em Cuba

Horás após ser divulgada a morte de Zapata, o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, chegava a Havana.

Em oito anos de governo, é a quarta visita ao país de Fidel Castro. O principal compromisso será o encontro com o ex-presidente Fidel Castro, no início da tarde. A conversa deve ser sobre política na América Latina e a sucessão presidencial no Brasil.

Importantes jornais internacionais indicaram que a visita busca dar respaldo político e econômico ao regime castrista, com duas frentes principais de atuação: reforçar aposta política na "revolução" e incentivar/apoiar setores estratégicos da economia cubana.

O programa também prevê visitas a obras de um novo porto nas proximidades de Havana, cuja construção é feita pela empresa brasileira Odebrecht, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de cerca de US$ 300 milhões.

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