Perseguição religiosa

Cristãos estão presos na Índia sob falsas acusações, denuncia padre

A Igreja Católica na Índia e outras organizações fizeram um apelo nesta quarta-feira, 2, para que sejam libertos os sete cristãos presos em Orissa. Acusados pelo homicídio de um líder Hindú em 2008, os sete cristãos permanecem na prisão, mesmo após o responsável pelo assassinato, um grupo maoísta,  ter confessado o crime.

Depois de cinco anos presos, o primeiro julgamento ocorreu nesta terça-feira, 1º, no Tribunal de primeira instância de Orissa. Os sete acusados, Bijay Kumar Sunseth, Gornath Chalanseth , Budhadeb Nayak , Bhaskar Sunamajhi, Durjo Sunamajhi, Munda Badmajhi, e Sanatana Badmajhi, foram condenados por tempo indeterminado.

Após a condenação, sacerdotes, ativistas e membros da sociedade civil deram início a uma campanha, pedindo justiça. Em 2008, após o assassinato do líder hindú, houve uma série de ataques aos cristãos. Mais de 100 pessoas morreram, 600 casas foram saqueadas e mais de 5.600 casas foram queimadas.

O secretário da Comissão de Justiça e Paz da Conferência Episcopal, padre Charles Irudayam, declara a inocência dos acusados e denuncia a perseguição aos cristãos. “A Igreja indiana apelará à Suprema Corte, porém já faz cinco anos que eles estão presos sem provas, e o sofrimento dos familiares é muito grande”, declara padre Irudayam

O sacerdote diz ainda que os cristãos presos não têm como pagar advogados  e seus familiares vivem em condições miseráveis. “Promotores e juízes atrasaram intencionalmente o processo. O judiciário do país é influenciado por grupos nacionalistas e extremistas hindús”, denuncia o sacerdote.

 

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