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ONU

Crise do preço de alimentos ameaça crescimento e segurança

A alta global dos preços dos alimentos ameaça os esforços mundiais contra a pobreza e, se não for enfrentada de forma apropriada, pode afetar o crescimento e a segurança de todo o mundo, disse neste domingo o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.

Abrindo uma conferência da ONU em Acra sobre comércio e desenvolvimento, Ban prometeu usar toda a força da entidade que comanda para combater o aumento de preços dos alimentos, que ameaça elevar a fome e a pobreza e que já é causa de revoltas na Ásia e na África.

"Eu vou imediatamente estabelecer uma força-tarefa de grandes especialistas e levarei as autoridades a avaliar o tema", afirmou Ban.

O líder da ONU alertou no encontro da Conferência da ONU para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD) que o forte aumento desde o ano passado dos preços de alimentos essenciais como cereais pode apagar o progresso da ONU obtido com a meta de reduzir pela metade a pobreza no mundo até 2015.

"O problema dos preços globais de alimentos pode significar sete anos perdidos para as Metas do Milênio", disse. "Corremos o risco de voltar à estaca zero."

Ban apontou que muitos países tentaram compensar a crise com a proibição das exportações de arroz e trigo ou com a adoção de incentivos para facilitar importações, ameaçando prejudicar o comércio internacional e agravar a escassez.

"Se não for enfrentada de forma apropriada, essa crise pode resultar em uma série de outras e se tornar um problema multidimensional que afeta o crescimento econômico, o progresso social e mesmo a política de segurança em todo o mundo", acrescentou o secretário-geral da ONU.

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, alertou que a alta nos preços dos alimentos poderia levar pelo menos 100 milhões de pessoas para a pobreza em países de baixa renda.

Fim dos subsídios agrícolas

Países do oeste africano, como Gana, estão entre os mais afetados pela alta dos preços, causada por fatores como safras ruins, recorde nos preços dos combustíveis, demanda crescente e baixos estoques internacionais.

O presidente ganês, John Kufuor, expressou esperança de que o encontro permita aos países em desenvolvimento melhorarem a cooperação econômica e o comércio, além de aumentarem a pressão sobre as nações ricas para acabar com os subsídios agrícolas, que pioraram a questão da pobreza na África.

"Gana e outros países africanos são objetos do capricho do mercado global, que os deixa sem controle sobre suas próprias commodities", afirmou, dando China e Índia como exemplos de países em desenvolvimento que aprenderam como se beneficiar do comércio e da globalização.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também presente ao encontro, endossou as palavras de Ban e Kufuor e pediu a todos os países que completem as negociações para um pacto global de comércio com o objetivo de melhorar a economia mundial e promover o desenvolvimento.

Conhecidas como Rodada de Doha, as negociações lançadas em 2001 foram paralisadas, mas parecem ter ganhado força nos últimos dois meses.

"Alcançar êxito nas negociações da Rodada de Doha da OMC tornou-se uma tarefa inadiável", disse Lula. "Os sistemas de comércio multilaterais podem e devem contribuir para um desenvolvimento mais justo."

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