Participação da Igreja

Na COP30, Repam apresenta caminhada em defesa da Amazônia

Repam é uma das oito organizações católicas internacionais com credenciamento oficial na Zona Azul da ONU, o espaço de negociações diplomáticas da COP30

Da Redação, com Repam/Vatican News

Evento da Repam na COP30 / Foto: Reprodução Vatican News

Participando da COP30 em Belém, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) apresentou, nesta segunda-feira, 10, uma reflexão sobre o caminho histórico de mobilização, incidência e espiritualidade que vem trilhando em defesa dos povos e territórios da Amazônia. A apresentação foi no âmbito da programação da Repam-Brasil no evento. 

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O assessor jurídico e de incidência política da Repam-Brasil, Melillo Dinis, destacou que a atuação da rede na construção de uma consciência climática e na defesa da ecologia integral antecede a própria conferência das Nações Unidas.

“Antes mesmo da COP30, a Repam já mobilizava a Igreja e a sociedade civil pela justiça socioambiental. Esse processo começou muito antes, inspirado por figuras como Dom Erwin Kräutler, Irmã Dorothy Stang e tantos mártires que entregaram suas vidas pela Amazônia”, afirmou.

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Melillo compartilhou bastidores da articulação política e pastoral da Repam desde o anúncio de Belém como sede da conferência, citando o diálogo com o governo federal, a Santa Sé e diversas organizações da sociedade civil.

A Repam é uma das oito organizações católicas internacionais com credenciamento oficial na Zona Azul da ONU, o espaço de negociações diplomáticas da COP30.

Processo de escuta e diálogo

Integrante da equipe da Repam na COP 30, a mobilizadora Joana Menezes apresentou o percurso de diálogo e escuta realizado junto a mais de 60 movimentos sociais, povos indígenas, comunidades quilombolas, ribeirinhas e universidades. Esse processo resultou na Carta de Demandas dos Povos da Amazônia, elaborada com a contribuição de cerca de mil pessoas e entregue a Joaquim Belo, representante das comunidades tradicionais na COP.

“Não há luta sem afeto. A Repam caminhou com os povos, respeitando seus tempos, culturas e espiritualidades. É essa escuta que faz com que nossa presença na COP seja viva, coletiva e transformadora”, destacou.

Joana também ressaltou a participação da Repam na Câmara de Participação Social sobre o Plano Clima, instância do governo federal para formulação de políticas públicas, e sua presença ativa na Cúpula dos Povos, que ocorre paralelamente à conferência.

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