Conflitos e perseguição

Conselho Mundial de Igrejas lamenta fuga de cristãos no Iraque

Em nota, instituição alerta para o grande êxodo dos cristãos da região de Mosul, que fogem dos ataques dos rebeldes islâmicos

Da Redação, com Agências

Conselho Mundial Igrejas Iraque

“Uno-me aos que denunciam os preocupantes e trágicos fatos”, declara reverendo /Foto: Arquivo episcopaldigitalnetwork.com

O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) divulgou uma declaração sobre a situação dos cristãos da região de Mosul, Iraque. O Secretário-Geral, Reverendo Olav Tveit, destacou o grande êxodo dos cristãos para outros países, após a tomada do local pelo Levante Islâmico.

“Com grande dor, assistimos ao que parece ser o fim da presença cristã em Mosul, que remonta aos primeiros séculos do Cristianismo”, enfatiza mensagem publicada, nesta segunda-feira, 21.

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Na declaração, o Secretário-Geral defende a necessidade de um envolvimento internacional,  não militarizado, para abrir um processo político inclusivo e reforçar os direitos humanos fundamentais, em especial o respeito à liberdade religiosa.

“Uno-me aos que denunciam os preocupantes e trágicos fatos”, escreve ainda o reverendo, destacando que o Conselho Mundial de Igrejas apoia o papel dos cristãos que se empenham no Iraque e na região por um diálogo construtivo com outras religiões e comunidades étnicas, “a fim de proteger o patrimônio pluralístico de sua sociedade”.

Tveit conclui com um convite à oração, em especial por aqueles que pertencem às comunidades minoritárias,  cristãos e muçulmanos obrigados a abandonar as próprias casas.

Diversas famílias cristãs começaram a abandonar  a cidade de Mosul, a segunda mais importante do Iraque, desde o dia 10 de junho, após invasão de milícias do Estado Islâmico iraquiano e do Levante (ISIL), facção do Al-Qaeda. Os extremistas tomaram, na noite de segunda-feira, 9, a sede do governo provincial de Mosul, intensificando os conflitos.

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