Nesta quinta-feira, a Igreja celebra Santo Agostinho, bispo e doutor da Igreja, que inspirou a criação da Ordem dos Agostinianos, que pertence Papa Leão XIV.
Reportagem de Aline Imércio e Tiago Gualberto
Agostinho nasceu em 354 na África. De uma vida de pecados, ele encontra sua conversão. “Santo Agostinho, ele passa um tempo buscando a Deus, busca, procura a verdade. E enquanto isso ele vai andando por outros caminhos até que de fato encontra a Deus, a felicidade”, afirmou da Paróquia Santo Agostinho, frei Everton Freitas, OSA.
No ano de 391, Agostinho foi ordenado sacerdote e escreveu a regra de vida para a comunidade. “Ele funda uma comunidade, a primeira comunidade em Tagaste. E ali morando com outros irmãos, ele vai desenvolvendo a regra, a sua regra, a regra de Santo Agostinho, que ela permanece na história, na Igreja funda os agostinianos”.
Os ensinamentos de Santo Agostinho continuam na vida dos cristãos. Inclusive o Papa Leão XIV, que pertence à Ordem agostiniana, busca no santo inspirações para o seu pontificado. Nesta quinta-feira, o Pontífice disse que o testemunho do santo lembra nossos dons e talentos recebidos que devem ser devolvidos em amoroso serviço a Deus e aos outros.
“Como ele disse no primeiro dia da sua eleição, ele deixou bem claro. ‘Sou filho de Santo Agostinho’, ou seja, com certeza Agostinho influência em sua vida vocacional, em sua missão”, lembrou o frei.
Além da contribuição para a igreja, os estudos de Santo Agostinho também são essenciais para a filosofia. “A forma como ele consegue relacionar fé com razão, a forma como ele lida com seus próprios dilemas e conflitos, torna ele, sem dúvida, uma das mentes mais brilhantes que nós tivemos. E que por isso há muito a se aprender com aquilo que ele descobriu, aquilo que ele pesquisou e aquilo que ele investigou”, assegurou o professor de filosofia do Colégio Presbiteriano Mackenzie, Thiago Jordão.
Sabedoria para quem admira o santo. “A minha vivência da espiritualidade agostiniana é essa busca pela verdade através da vida interior, mas não sozinha, apoiado pela vida em comunidade fraterna”, contou a advogada, Juliana Freitas.
“Uma frase muito importante, não basta fazer coisas boas, é preciso fazê-las bem”, concluiu a aposentada, Elizabeth Paulino da Costa.