Congresso em Roma debaterá o papel do Papa Pio XII nos anos da perseguição aos judeus durante o nazi-fascismo. O encontro vai reunir jornalistas, acadêmicos e expoentes religiosos, judeus e católicos, como padre Peter Gumpel, postulador da causa de beatificação de Pio XII.
O objetivo será apresentar publicamente os documentos que contestam as acusações a Pio XII de indiferença, anti-semitismo e conivência com os regimes totalitários. O evento é organizado pela fundação "Pave the Way", (Preparar o Caminho).
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"Pave the Way", dedica-se à busca da paz, à redução do abismo entre pobreza e riqueza através de tolerância, compreensão inter-religiosa e intercâmbios tecnológicos, culturais e intelectuais. A meta da Fundação é erradicar o costume de interpretar a religião como instrumento, o que tem sido feito, historicamente, para alcançar objetivos pessoais ou causar conflitos.
No Congresso de Roma, relatores e historiadores farão relatos que demonstram o compromisso do pontífice em salvar os judeus da Itália e da Europa. Ao que se demonstra, o Papa Pacelli teria se expressado em dois níveis: publicamente, com várias declarações contra toda forma de perseguição, e privadamente, através da obra de religiosas e sacerdotes que protegeram milhares de judeus italianos, com a benção de Pio XII.
Andrea Tornielli, autor de livros sobre Pio XII e jornalista especializado em temas do Vaticano, está convencido da solicitude e interesse do então cardeal e futuro papa Eugenio Pacelli, e antecipou que em sua palestra, citará vários episódios que provam a posição de Pio XII na época. Segundo Tornielli, a Igreja católica teria salvo 600 mil judeus da perseguição.
"O simples fato de que entre os relatores do Congresso estejam judeus provenientes dos Estados Unidos, da Europa e de Israel demonstra que Pio XII foi amado pela Igreja Católica, mas também pelos próprios judeus", garante a Fundação que promove o encontro.