O Conselho Indigenista Missionário (CIMI), organismo da CNBB que acompanha os povos indígenas, lançou nesta quinta-feira, 10, o relatório "Violência contra os povos indígenas no Brasil – 2006/2007", com dados sobre as violências praticadas contra os indíos e as violações de seus direitos.
Estavam presentes o Arcebispo de Manaus e vice-presidente da CNBB, Dom Luiz Soares Vieira; o Bispo da Prelazia de Tefé (AM) e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária, Dom Sérgio Eduardo Castriani; o Bispo da Prelazia do Xingu (PA) e presidente do CIMI, Dom Erwin Kräutler e a antropóloga da PUC-SP e organizadora do relatório, Lucia Helena Rangel.
A publicação mostra que a situação destes povos continua muito difícil e, conforme o relatório apresentado, ficou evidente que o índice de violência aumentou quase 70%. "Essa violência nós atribuimos à falta de regularização dos povos indígenas no Brasil", afirmou Edem Magalhães, secretário do CIMI.
Edem destaca que no Mato Grosso do Sul, os índios vivem em "terras minúsculas", e o índice de violência chegou a quase 99% no ano passado. Segundo ele, "o relatório quer chamar a atenção da sociedade para esta grave situação de genocídio contra os povos indígenas e também a sociedade se mobilizar para cobrar das autoridades uma providência para a demarcação, para a assistência, a prática da justiça e dos direitos que os índios tem garantido na Constituição Federal".
