William Kaelin, Gregg Semenza e Peter Ratcliffe dividem o prêmio de 913 mil dólares por suas pesquisas
Da redação, com Reuters
Dois cientistas dos Estados Unidos e um do Reino Unido ganharam o Nobel de Medicina deste ano por descobrirem como células se adaptam aos níveis flutuantes de oxigênio, abrindo caminho para novas estratégias de combate a doenças como anemia e câncer.
O comitê do Nobel disse que os pesquisadores norte-americanos William Kaelin e Gregg Semenza dividem o prêmio igualmente com o britânico Peter Ratcliffe.
“As produtivas descobertas dos ganhadores do Nobel deste ano revelaram o mecanismo para um dos processos adaptativos mais essenciais da vida”, disse a Assembleia do Nobel do Instituto Karolinska, na Suécia, em um comunicado ao conceder o prêmio de 913 mil dólares.
A pesquisa dos cientistas estabeleceu a base para compreender como os níveis de oxigênio afetam o metabolismo celular e as funções fisiológicas, informou o instituto.
“A detecção de oxigênio é central para um grande número de doenças”, acrescentou. “Os intensos esforços contínuos em laboratórios acadêmicos e empresas farmacêuticas estão agora focados no desenvolvimento de medicamentos que podem interferir em diferentes estágios de doenças, ativando ou bloqueando o mecanismo de detecção de oxigênio”.
Medicina é a primeira categoria do Nobel a ser anunciada a cada ano. Contribuições para a ciência, a paz e a literatura são reconhecidas desde 1901 pelo prêmio Nobel, instituído pelo testamento do cientista e empresário sueco Alfred Nobel, inventor da dinamite.
Os ganhadores do Nobel de Medicina incluem nomes como Alexander Fleming, descobridor da penicilina, e Karl Landsteiner, que identificou diferentes tipos sanguíneos, o que permitiu que a segurança nas transfusões de sangue se perpetuasse.
No ano passado, o norte-americano James Allison e o japonês Tasuku Honjo dividiram o prêmio por suas descobertas sobre como fortalecer o sistema imunológico durante tratamentos contra o câncer.