O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, e o seu homólogo chinês, o ministro Liang Guanglie, disseram na segunda-feira, 10, que as duas potências precisam reforçar seus vínculos militares para evitar confrontos na Ásia.
A visita de Gates à China ocorre a poucos dias da cúpula de 19 de janeiro, nos EUA, entre os presidentes Hu Jintao e Barack Obama.
As relações militares entre os dois países foram reduzidas no ano passado, depois de Pequim protestar contra a intenção dos EUA de venderem U$6,4 bilhões em armas a Taiwan.
Gates disse que a ausência de relações militares bilaterais pode ampliar os riscos de confronto. Nos últimos anos, embarcações dos dois países se envolveram em incidentes nos mares próximos à China, e em 2001 uma colisão entre dois aviões militares causou uma crise diplomática.
"Estamos fortemente de acordo que, a fim de reduzir as chances de falhas de comunicações, mal-entendidos ou erros de cálculo, é importante que nossos laços entre militares sejam sólidos, consistentes, e não sujeitos às oscilações dos ventos políticos", disse Gates a jornalistas após reunião com Liang.
O ministro chinês afirmou que ele e Gates "concordaram que os contatos sustentados e confiáveis entre militares ajudarão a reduzir os mal-entendidos e os erros de cálculo."
Gates e outros membros do governo também têm pressionado a China a ajudar a conter as ambições nucleares da Coreia do Norte e do Irã, e cobram de Pequim mais transparência a respeito da modernização das suas Forças Armadas.
Em 2010, a China elevou seu orçamento militar em 7,5%, elevando o gasto total a mais de U$80 bilhões. Muitos analistas dizem, no entanto, que o gasto militar na verdade é bem superior.
O programa chinês de modernização militar, que causa alarme também em outros países asiáticos, deve levar a China a produzir porta-aviões, caças "invisíveis" e mísseis balísticos antinavais.
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