MEIO AMBIENTE

Cazaquistão sofre com incêndios e Índia com chuvas torrenciais

Incêndios no Cazaquistão, enchentes na Índia e no Paquistão e seca severa na África são sinais atuais do “gemido da terra”, que responde às mudanças climáticas e destruição; “Tempo da Criação” vai até 4 de outubro

Da Redação, com informações da Reuters

Cristãos de várias denominações estão vivenciando, desde 1º de setembro até o dia 4 de outubro, o “Tempo da Criação”, momento para se unir em oração e atitudes concretas em favor de uma conversão ecológica. Para a ocasião, o Papa Francisco pediu escuta à “voz da criação”, diante das mudanças climáticas que têm ameaçado o futuro da humanidade. E esta voz tem sido ecoada pela terra em diversos países, que estão sentindo na pele os efeitos dos desequilíbrios ambientais.

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No Cazaquistão, uma pessoa morreu e pelo menos onze ficaram feridas, em decorrência de um grande incêndio que está devastando cerca de 428 quilômetros quadrados de floresta na província de Kostanay, no norte do país. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 5, pelo ministério de emergências do país da Ásia Central. Centenas de pessoas que moram nesta área precisaram deixar suas casas. O fogo começou no sábado e se espalhou rapidamente devido ao clima quente e ventos fortes.

Hoje, o presidente do país Kassym-Jomart Tokayev sobrevoou a região para avaliar a situação dos incêndios. Uma onda de calor prolongada também causou incêndios florestais em partes da vizinha Rússia nas últimas semanas.

Inundações

Na Índia, a segunda-feira, 5, começou com chuvas torrenciais que submergiram partes da cidade de Bengaluru, conhecida como a capital tecnológica do país. As fortes chuvas arrancaram árvores, paralisaram o tráfego e forçaram os escritórios a emitir pedidos de trabalho em casa para os funcionários. A cidade recebeu 141% mais chuvas do que a média desde o início da temporada de monções em 1º de junho.

No Paquistão, nesta segunda-feira, 5, milhares de pessoas ilhadas em cidades e vilarejos do sul do país foram resgatadas pelas autoridades depois que inundações sem precedentes surpreenderam moradores que não tiveram tempo de deixar suas casas. Até agora, o serviço de regate feito pela Marinha já salvou mais de 1.200 pessoas. O país do sul da Ásia tem sofrido com as chuvas recordes de monções e o derretimento de geleiras nas montanhas do norte do país. As inundações já afetaram 33 milhões de pessoas e deixaram um saldo de pelo menos 1.265 mortes.

Seca na África

Na África, a população tem enfrentado secas severas e temperaturas recordes em algumas regiões do continente. No importante oásis no estado de Kebili, o lugar mais quente da África, os agricultores estão travando uma batalha com a seca e a doença que está levando muitos a abandonar as plantações onde cultivam algumas das melhores tâmaras do mundo. Por lá não chove desde 2011 e o calor se aproxima dos 60 graus. Os agricultores acreditam que a situação grave é resultado das mudanças climáticas. A falta de chuvas e uma infestação de ácaros que surgem com o clima seco estão tornando a vida ainda mais difícil. Como muitos outros desesperados por um futuro em seu próprio país, eles também estavam prontos para arriscar a perigosa jornada pelo Mediterrâneo em busca de uma nova vida na Europa.

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