Bento XVI defendeu hoje no Vaticano que o "ideal moral" dos católicos passa por uma integração entre "palavra e ação", frisando que "o estudo da Palavra de Deus, feito com seriedade e humildade, serve somente se for praticado".
O Papa dedicou, novamente, a catequese desta quarta-feira, 4, à figura de São Gregório Magno, Papa entre 590 e 604 e Doutor da Igreja.
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"Para Gregório, o ideal moral encontra-se na integração harmoniosa entre palavra e ação, pensamento e compromisso, oração e dedicação aos deveres próprios", disse.
Segundo o atual Papa, é a "humildade" – o ser "servo dos servos" – que deve caracterizar a vida e ação dos Bispos, a começar pelo Bispo de Roma, sucessor de Pedro.
"A verdadeira grandeza consiste na humildade", sublinhou, passando em revista as obras e o ensinamento do seu predecessor. Bento XVI deteve-se a considerar "a gravidade do ofício de pastor da Igreja e os deveres correspondentes".
"Aqueles que não foram chamados a esta tarefa, não a procurem com superficialidade. E aqueles que a tivessem assumido sem a devida reflexão sintam nascer no espírito uma necessária trepidação", observou.
O Bispo – prosseguiu o Papa – deve servir de exemplo aos outros, "de tal modo que o seu comportamento possa constituir um ponto de referência para todos". Além disso, "uma eficaz ação pastoral exige que o Bispo conheça os destinatários e adapte as suas intervenções à situação de cada um".
Bento XVI deixou uma palavra aos peregrinos de língua portuguesa: "Obrigado pela vossa presença e oração! Peço a Cristo Senhor que guarde no seu Coração Sagrado as vossas famílias e comunidades cristãs, abençoando a todos com a sua paz e o seu amor".
No final, o Papa lembrou João XXIII, falecido há 45 anos, denominado "João o Bom" ou "O bom Papa João".
"Foi ele que convocou o Concílio Vaticano II, o qual iniciou a renovação da Igreja, a reforma das suas estruturas e a atualização da liturgia. Que esta reforma traga frutos para nós e para a Igreja do terceiro milênio", indicou.
